Ano novo de amor, paz e luz...
Águida Hettwer
Mais um ano chega ao seu término. Olhando para trás, quantos projetos ainda não saíram do canto da folha, anotações deitadas a esmo. Ainda que haja uma faísca de esperança continuemos soprando os desencontrados ventos. Molhando os calcanhares na água fria, levando um susto, acordando para vida.
Perdendo-se na noção do tempo, sem se despedir das boas e inesquecíveis lembranças. Resguardando cada momento vivido, sem medo de ser feliz, pausando a censura. Não precisamos enterrar a infância, os sonhos e desejos, para parecermos pessoas “normais”. Tão pouco, recolher o medo por antecipação.
O futuro seja um espaço em constante construção. Um eco de felicidade, no sobressalto das expectativas. Permitindo que o amor revire a casa, o corpo e as ideias. A noite seja um observatório de estrelas, na complexidade dos sentidos. Escrevendo uma nova história de verso livre, fazendo as pazes com Deus e com o mundo, sem a exigência afiada da língua.
Aprendendo a mastigar o silêncio, antes de proferir palavras rudes. Na sorte ou no azar, a constância seja a mesma. Arrumando a cama, mesmo na solidão dos lençóis. O inusitado seja estimulado a ser vivido por um triz. Na leitura fria da alma, possamos apagar os borrões, sem mendigar por emoções vazias.
Transformando sonhos em apelos de criança em ganhar um presente. O decorrer dos dias possa ser degustado em gomos de fruta madura, saboreados do azedo ao doce, num estalar dos dedos. Arriscando-se ao novo, em atalhos e travessas desconhecidas.
Feito lira de um poema inacabado, retira-se o rascunho da gaveta, retoma as anotações, dá um voto à inspiração e segue o desalinho esperançoso de um ano novo, que desponta logo ali...
Venha radiante, ano novo de amor, paz e luz!
28.12.2009
Águida Hettwer
Mais um ano chega ao seu término. Olhando para trás, quantos projetos ainda não saíram do canto da folha, anotações deitadas a esmo. Ainda que haja uma faísca de esperança continuemos soprando os desencontrados ventos. Molhando os calcanhares na água fria, levando um susto, acordando para vida.
Perdendo-se na noção do tempo, sem se despedir das boas e inesquecíveis lembranças. Resguardando cada momento vivido, sem medo de ser feliz, pausando a censura. Não precisamos enterrar a infância, os sonhos e desejos, para parecermos pessoas “normais”. Tão pouco, recolher o medo por antecipação.
O futuro seja um espaço em constante construção. Um eco de felicidade, no sobressalto das expectativas. Permitindo que o amor revire a casa, o corpo e as ideias. A noite seja um observatório de estrelas, na complexidade dos sentidos. Escrevendo uma nova história de verso livre, fazendo as pazes com Deus e com o mundo, sem a exigência afiada da língua.
Aprendendo a mastigar o silêncio, antes de proferir palavras rudes. Na sorte ou no azar, a constância seja a mesma. Arrumando a cama, mesmo na solidão dos lençóis. O inusitado seja estimulado a ser vivido por um triz. Na leitura fria da alma, possamos apagar os borrões, sem mendigar por emoções vazias.
Transformando sonhos em apelos de criança em ganhar um presente. O decorrer dos dias possa ser degustado em gomos de fruta madura, saboreados do azedo ao doce, num estalar dos dedos. Arriscando-se ao novo, em atalhos e travessas desconhecidas.
Feito lira de um poema inacabado, retira-se o rascunho da gaveta, retoma as anotações, dá um voto à inspiração e segue o desalinho esperançoso de um ano novo, que desponta logo ali...
Venha radiante, ano novo de amor, paz e luz!
28.12.2009