DE NOVO É NATAL...

... e mais uma vez nós nos preparamos para viver este momento, e da melhor forma possível: saímos, passeamos, compramos, comemos, brincamos, rimos muito e abraçamos amigos e familiares.

Ótimo! Que maravilha! O espírito natalino toma conta de todos, nos contagia e nos leva a sermos mais generosos, menos ranzinzas e mais camaradas. Afinal de contas, é dezembro, mês que encerra mais um ano, término de aulas e, para a maioria, início de umas boas e merecidas férias.

Inclusive, em se tratando de parabéns, a minha caixa postal está repleta. Que bom! Sinal de que eu sou lembrado, querido e amado pelos meus amigos – sejam eles virtuais ou do meu convívio diário – e parentes. Agradeço a todos pelo gesto disponibilizado. Que Deus os abençoe neste ano que se inicia.

Epa! Lembrei-me de uma coisa. Este não é o mês que nós comemoramos o nascimento do Filho de Deus? Acho, se não me engano, que o nome dEle é Jesus! Isso! Isso mesmo: JESUS. Engraçado, só agora é que eu estou relacionando Natal com Menino Jesus, manjedoura, Reis Magos, estrela de Belém, Maria e José. Que coisa!

Então, deve ser por isso que, sempre nessa data, eu sinto que falta alguma coisa quando chega, principalmente, a noite que se comemora o Natal. Não sei o porquê, mas, na mesa que sento, algo me diz que fica sempre uma cadeira vazia, um espaço em aberto. E o que é pior: eu nunca lembro o motivo. Eu até ouço alguém dizer assim: “não vamos esquecer a quem devemos homenagear nesta noite”. E todos nós fazemos um brinde. Mas eu sempre me esqueço de perguntar a quem estamos homenageando. Na verdade, eu sempre penso que é o dono da casa. E como quase sempre eu passo em família e na casa da minha sogra, acho que é o meu sogro que é o grande parabenizado. Nas outras vezes, eu penso que é a mim que todos estão levantando suas taças.

Ah! Por falar nisso, Natal é um tal de comer e beber que não acaba mais! Nunca vi tanta comida e tanta bebida juntas. E as pessoas? Todas muito bem vestidas, rindo, alegres, perfumadas, muita troca de presentes. Que maravilha! Eu fico pensando: como será o Natal daqueles que não têm a mesma sorte passageira de todos nós? Será que debaixo de cada viaduto há risos? Ou será que, em cada favela, o riso se faz presente e vem acompanhado de presentes e muita comida? Sabe que nem sei! Até sei. Outro dia, eu li que a desigualdade social se faz muito mais presente nesse tipo de sociedade.

Mais é Natal. E por ser Natal pode até ser que alguma entidade social distribua carrinhos e bonecas para as crianças carentes dessas comunidades, e que haja, também, distribuição de alimentos para a ceia de Natal, fazendo com que, de certa forma, isso minimize o sofrimento de cada família. Pelo menos, neste pequeno espaço de tempo.

Excelente! Problema resolvido. Então vamos comemorar! Jingobel, Jingobel, lá vem Papai Noel! Isso. De Papai Noel eu lembro. Não é aquele velhinho de barbas brancas compridas que anda de trenó puxado por renas? E que distribui presentes botando pelas lareiras das casas? E debaixo da cama das pessoas? Fico imaginando quem não tem lareira e nem cama para dormir! Como será que ele faz? Deve ter um jeito.

Deixa pra lá! Vamos voltar para o aniversariante que sempre nós nos esquecemos de convidar. Como nossa memória é fraca! Afinal de contas, Ele só fez, há pouco tempo atrás, dois mil anos. Isso nós lembramos. Até conhecemos a história dEle através de um documento sagrado chamado Bíblia! O problema então está na nossa falta de educação, já que convidamos apenas os mais “chegados”, os amigos do peito e os parentes mais próximos e esquecemo-nos de convidar, justamente, aquele que mais é amigo, que nos carrega nos braços – e dentro do seu coração e, ainda por cima, é pai, irmão e filho, tudo ao mesmo tempo.

Agora, com toda certeza, neste Natal, eu vou fazer todas as coisas que eu fazia em outros natais, porém com um detalhe especial: não vou me esquecer de convidar, para a nossa ceia, aquele que é a razão de toda a alegria. Ah! Por falar nisso, vocês ainda lembram o nome dEle?



 


Obs. Imagem da internet


Raimundo Antonio de Souza Lopes
Enviado por Raimundo Antonio de Souza Lopes em 27/12/2009
Reeditado em 07/12/2011
Código do texto: T1997919
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