A LEVEZA DO SER.

O que é incorporar a leveza do ser?

Caminhar sem martelar na consciência culpas, maiores ou menores, estar limpo, como dizem os drogados, mas limpo na alma.

É fácil escapar dos pecados capitais, do “caput”, da cabeça, mas dificílimo dos veniais, e sobretudo do original, marca do paraíso traído.

Quem pode dizer que não fez nenhuma restrição ou censura à conduta de um conhecido, amigo ou familiar. considerando o fato com terceiros ou mesmo no âmbito do convívio mais próximo, o que é curricular?

É remota a possibilidade. Seria o “falar mal” de uma pessoa, entenda-se assim, certa ou errada a restrição ou censura com os padrões normais.

Não se cuida de tecer crítica necessária e procedente ao exercício e prática da cidadania civil, como contrariar a gestão pública em todos os níveis, quando necessário, por descaso, incompetência ou corrupção dos gestores, os rotineiros desvios da função pública, ou ao natural direito de defesa, visa-se outro universo.

Estamos no campo do intimismo, das ocorrências coloquiais encontráveis na família, no convívio com amigos e conhecidos e no trabalho.

O julgamento particular noticiado à terceiros, depreciativo, poderia - o verbo está no futuro condicional - vazar-se em proposição construtiva e negatória do espírito de censor, o que levaria ao estado espiritual de permanente “leveza do ser”, assim estaria exculpado de qualquer móvel que a consciência conteste, o avaliador da conduta apreciada.

Seria - de novo surge o condicional - mais aceitável, dizer-se :“essa seria a melhor posição que tomaria “a” ou “b” naquele evento, naquela situação, seria melhor para ele ou ela.”

Estamos na didática positiva da construção que soma ao invés de diminuir.

Assim, construindo e ajudando, nos desligamos do apelo contrário do tribunal da consciência, implacável julgador, extremado e exclusivo em facunda justiça, pois conhece lisamente ofensor e ofendido.

No sentido colocado, julgamos, é induvidoso, e não devíamos fazê-lo, muito mais demeritoriamente.

Por esse caminho de proposição positiva apontado, sinalizado no “caminho do meio” que os orientais definem como o mais sábio, chegamos a uma confortável “leveza do ser”, o sol brilha com mais intensidade, as aptidões possíveis fluem com mais força, a presença da paz é absoluta. O céu é sempre azul...não há nuvens nunca, nada pesa que tanhamos a carregar como fardo, mesmo não muito pesado.

É a unânimidade do absoluto em liberdade para pensar.

É difícil tal postura, porém se conseguimos reconduzir nosso comportamento nesse sentido e por esse caminho, seja por pouco tempo, veremos a imensidão do retorno.

A isso se dá o nome de recristianizar, voltar os olhos e o comportamente para os fundamentais ensinamentos do Cristo.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 27/12/2009
Código do texto: T1997753
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