N A T A L

Entra ano, sai ano, chega e passa Natal. As opiniões passeiam pelas ruas, escritórios, bares, salas e cozinhas. Há quem diga e valorize o lado espiritual das comemorações Natalinas, resgatando todos os valores do amor, da compreensão, da convivência entre as pessoas e os povos segundo os ensinamentos de Cristo; os valores da harmonia da família, dos prazeres do dar e receber presentes, como símbolo da doação.

Outros dizem da fantasia do Papai Noel, dos seus valores para as crianças, na manutenção e do bem que fazem o fato de crer, esperar e se educar segundo esses valores. E é indiscutível o lado bom, importante na formação de qualquer pessoa, as lembranças do Natal em sua infância e todas as doces recordações dos Natais vividos, o que esmorece o coração, dão leveza ao espírito e nos fazem felizes, só em lembrar.

E tem quem veja no Natal, somente o lado comercial. O mercantilismo, o consumismo desenfreado e o marketing conduzindo a massa para valores muito mais materiais que espirituais. Que veja o Natal a cada dia mais comercial, mais material, mais mercantilista. Discute-se tanto a perda dos valores de outrora, sempre nas bucólicas conversas saudosistas da quimera do “antigamente”.

E eu vou vivendo em meio a todas as teorias, conversas de salão, lamentos e fofocas de botequim, com os ouvidos afinados e os pensamentos processando toda história, concluindo que opiniões à parte, o Natal resiste aos tempos, com suas fantasias para as crianças, com a fé para os religiosos, com os lucros para os mercantilistas, com o deleite para os marketeiros e assim o tempo vai passando, o Natal contentando a todos e fazendo todos felizes a seu modo, intento e gosto.

Que sejamos então felizes, independente dos valores. Importante é que Natal se repete todos os anos e que Papai Noel existe.