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Onde está o natal !?...


Sempre em dezembro uma áurea de felicidade parece estar presente no ar, por mais que me contenha ainda présinto essa pureza de bênçãos no ar. Contudo, não consigo mais captá-la para dentro de mim, onde um asco de angustia me impregna. Será que não me sinto mais criança? Não mais consigo encontrar minha alma natalina?
Lembro-me muito bem daquela emoção, daquela espera, daquele dia tão especial. Tudo era mais colorido, mais brilhante, mas ardoroso, uma religiosidade palpável. Papai-Noel era só aquele bom velhinho, (bom de verdade) que nos presenteava com os mais lindos presentes que esperávamos ganhar, e mesmo que não fossem os esperados, eram mágicos. Nas manhãs de 25 de dezembro, era uma festa só. Nas ruas crianças desfilavam com seus presentes novos (bicicletas, bonecas, carrinhos de plásticos e outros) tudo muito simples. Os adultos também pareciam mais felizes, seus sorrisos eram francos e abertos, se cumprimentavam com o verdadeiro Espírito Natalino e exibiam seus pimpolhos com seus novos brinquedos esbanjando felicidades.
Hoje os tempos mudaram, nem mesmo podemos brincar nas ruas. Papai-Noel se tornou um ávaro por lucros e um consumista, comilão e beberrão despudorado, até expulsou “Jesus”, o aniversariante de sua própria festa. Hoje é possível ver crianças dizerem que Natal e a festa do Papai-Noel, e acredito que milhares nunca foram a uma missa ou a um culto religioso, e se verem um presépio não sabem o que é nem o que significa. Na verdade, estamos mais esquecidos de “DEUS” justamente no aniversário daquele que foi mandado por ele para nos salvar, isso tudo me parece muito irônico, não acham?...
Observo as pessoas nas ruas, nas lojas, nos supermercados, todos sisudos, compenetrados, preocupados e numa correria louca, afinal o Marketing diz: seja feliz consumindo isso, aquilo aquiloutro, afinal a felicidade está em consumir, comprar o que não precisa, nem nuca precisará, e depois ficamos com uma frustração dupla, a propaganda foi enganosa, mas o endividamento foi real. Mas cadê o Espírito Natalino, as cordialidades, o respeito, a fé, a convivência feliz, a ajuda aberta, as boas ações?
Agora me lembro estão todas nas propagandas: Daquele Banco que te paga menos de um por cento em suas aplicações mais cinco, seis, sete por cento nos seu empréstimo, nos seu cheque especial, no seu cartão de crédito; naquela da loja que jura de suas prestações são em 15,16, 17 meses sem juros, quando todo juro está embutido nas prestações; e como não poderia de ser nas lojas de roupas e acessórios, onde você é apenas o consumidor, a roupa é que faz você, da grife dela certamente, (quanta enganação). Ali sim, vejo pessoas felizes, sorrindo, brincando, trocando presentes (sempre os mais caros é claro), pois o escript deve ser seguido à risca, e o cachê vem em seguida.
Não, eu não quero essa festa profana. Faço um pedido ao “Menino Jesus – o aniversariante”. Devolva meus olhos de criança e minha fé. Quero como antigamente: Missa do galo, religiosidade e muita esperança de um dia a humanidade voltar ao seu caminho e ao seu destino. A procura de um “DEUS” que nos ama na nossa simplicidade, no nosso caráter humilde e manso, no nosso medo do castigo divino. É isso mesmo!... Se eu tiver que ter medo, que tenha medo do meu “DEUS” que me protege, me escuta, me acolhe e me sustenta nas mais difíceis fases de minha vida. Um “DEUS” que não me abandona, um “MENINO JESUS que me salva.
Esse é o Natal que desejo a todos, com fé e amor do ““ NOSSO SENHOR JESUS CRISTO - repito o aniversariante...

(*) obs: Desenho de Paulo Barbosa -fonte Intenet.
BardoMineiro
Enviado por BardoMineiro em 24/12/2009
Reeditado em 24/12/2009
Código do texto: T1993989
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