Quanto custa um Feliz Natal
Em tempos de corrida desenfreada para a compra dos presentes, vale refletir sobre o sentido real do natal.
Para uns, o que nos dias de hoje é quase maioria, natal é momento de busca por objetos que darão a outrem a impressão (nem sempre verdadeira, diga-se) de harmonia, paz e amor. Pessoas que nem sequer compartilham os mesmos sentimentos, muitas vezes se dão abraços desprovidos de carinho verdadeiro, apenas para compor a cena natalina. Iludem-se buscando nas ofertas de bens materiais, significados que, de tão simples chegam a parecer ridículos, como, por exemplo, a naturalidade das verdadeiras relações afetivas construídas sobre os alicerces do respeito mútuo, de renúncias, de simplicidade.
Para outros, o natal não inicia e nem finda, pois em seus corações o simbolismo que a data remete está plenamente representado no transbordamento de ações de amor, de solidariedade, de despojamento, de benfazer, diluídas na rotina diária.
Não é apenas o celebrar de uma data fixa, estabelecida pelo mercado de bens e consumo cujo objetivo é proporcionar momentaneamente “alívio” e inserção para aqueles que aceitarem a premissa do ter para ser.
Se formos calcular o valor do natal em moeda corrente, certamente sairá muito caro já que teremos que incluir os gastos com as lembrancinhas, os presentões, as bebidas, as ceias fartas, as roupas e acessórios, as festas e os remédios para curarem as ressacas e indigestões. Porém, se tivermos a sabedoria de dividir a alegria e a euforia que ameaça nos contagiar apenas em um único dia, o natal será sempre um doce regozijo do espírito pelo resto de nossas vidas.