AS MESMAS PERGUNTAS DE SEMPRE, SEMPRE!

Ao conversar comigo mesmo, introspectivo que sou, comecei assim, indaguei ao meu companheiro ao lado, por coincidência era eu mesmo, se não sabia o que iria acontecer, como terminaria?

Então refiz, inventei artifícios para começar, demorei, enrolei, curto e grosso, "curto" o tempo, encurto, estico, vou e volto, até quando?

Realizo. Faço transações ilícitas comigo mesmo, mesmo, me convenço a entrar em cada gelada, mesmo com este sol quente, faço isto mesmo, mesmo sabendo que são ilegais, imorais e engorda.

Ando falando pouco, nem menos nem mais, os ais ficaram para trás, neste ponto, nunca mais, ao ponto, pronto, o prato, que apetite, é só comer?

Estas foram as últimas palavras que ouvi, ao sair, retirada, estava indo, fui, fazer as pazes com o tempo. Eu sei, fiz o possível e o impossível para este relacionamento dar certo, mas estava ficando velho demais, eu, as horas me entediaram, já não me entendiavam, os dias, perdidos, me perdoaram, os meses já se encontravam regularmente, uma festa, todo ano, a reconciliação, eu, o tempo, e ela, que saudade.

Sem estes versos rasgados, sem os pretos nos brancos, sem os pingos nos is, nada ponto, nada pronto, nada se resolveria, perda de tempo este encontro, sem apetite?

Estes encontros rejuvenesceram os momentos e vice e versa, verso, volte sempre, disse, lembrando que parece que foi ontem, contagiante, depois, de novo, a saudade, vontade?

Era uma ida e uma volta. Duas vezes, três, quarto e sala, minha casa abandonada, dava dó, era sempre assim, eu sempre sabia como terminaria: fazendo as mesmas perguntas de sempre. Sempre só.

florencio mendonça
Enviado por florencio mendonça em 22/12/2009
Reeditado em 05/05/2015
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