PERDI UM AMIGO DEFICIENTE. QUEM É DEFICIENTE?

QUEM É DEFICIENTE? É A PERGUNTA QUE ME FIZ DEPOIS DE PERDER UM AMIGO DEFICIENTE.

Quem é deficiente, o que a natureza assim destinou ou o que parcialmente (só assim se aceita) ausente de deficiência visível, caminha em suas obrigações como pessoa como se um irresponsável deficiente fosse?

Estamos que na segunda proposição se enquadra sem ressalvas a deficiência obrigacional por responsável e consciente o ser humano tido como capaz.

Muitos que pelo mundo desfilam suas irresponsabilidades que não estão ao abrigo da deficiência absoluta posam de suficientes quando são maximamente insuficientes.

Mas essa insuficiência, pela parcial responsabilidade, de fato e não de direito, pois escapam da lei, é a que traz danos; danos à sociedade (basta confrontar os corruptos), rupturas à família ( vejam-se os desassistidos filhos que se entregam às drogas), danos aos que precisam de ajuda e assistência ( olhem-se pais e mães que estão em asilos, familiares abandonados à própra sorte, sozinhos, e outros desvios de conduta dessa natureza) e tantas outras atitudes de comportamento censuradas não só pela ética e humanidade,mas também e muito pela lei.

Podemos ir além e alcançar a insuficiência dos insuficientes que são incapazes de gerir seus próprios destinos com proveito, sonegando de si mesmos os direitos que têm a usufruir de existência melhor, mas existem os insuficientes que invadem a suficiência da nação, retirando direitos e confortos de serviços dos que a eles tem direito como povo, e o pior, expectativas de se viver uma vida melhor.

Os insuficientes que se acham suficientes e não estendem minimamente as mãos para os próximos, todos os que precisam de ajuda, sem exceção, pública ou privada, são vermes que rastejarão suas mediocridades pelas valas sórdidas de suas existências escuras, ignaras e repulsivas, punidas, por vezes, por suas próprias atitudes.

Diante desses restos de humanidade “meu amigo diferente” era uma estrela maior, não fez mal a ninguém, foi solidário quando pode, caridoso na medida de seu alcance, enfim, hoje pode passar pelo "Umbral” de cabeça erguida, festejando e festejado. Era um bravo e corajoso, viveu seus últimos anos sozinho e morreu sozinho em sua casa.

Esteja em paz.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 21/12/2009
Código do texto: T1988811
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