Cagada

Certa vez foi dar uma aula sobre corel draw para um garoto em outro bairro, um pouco distante do meu.

O garoto era bem esperto e pegava com facilidade.

Isso era no fim da tarde e inicio da noite.

A mãe muito entusiamada me pagou o valor da aula sem titubear.

Lá pelas noe e meia ja estava eu saindo da casa deles.

Era verão e eu estava a pé, bem na verdade não porque era verão, mas sim porque eu andava a pé mesmo.

Logo que comecei a saudável caminanhada, senti algo estranho interiormente, podemos assim dizer.

Pensei logo naquele pedaço de pizza cheio de mussarela que degustei antes de sair de casa.

Sempre tive problemas com mussarela.

Pensei em andar um pouco mais rápido, mas não consegui muito efeito, pois eu havia me submetido á uma vasectomia e ainda não estava em perfeitas condições físicas. Então o remédio era tentar controlar .

Fui na máxima velocidade que pude, mas a distância parecia inteminável.

E a necessidade aumentava a cada passo.

Passei a visualizar a avenida e cada lugar onde eu poderia me aliviar.

Nada Próximo. Bar, lanchonete, buteco, matinho..............nada.

Era uma avenidade bem residencial.

Uma luz no fim do túnel, ou melhor no fim da avenida.

Me lembrei de uma lanchonete bem numa esquina onde eu saia da avenida.

Tinha de resistir até até.

Maravilha. Resisti. Cheguei.

Entrei de sopetão.

- Você tem banheiro aqui???? perguntei

-Sim e me indicou um corredor.

Alivio, ja fui abrindo ziper e soltando a respiração.

Final do corredor. Entrei............

CARACAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Tinha banheiro sim.....mas só com mictórios.

Incrível, pensei, onde esse povo faz o número dois????

Onde batem o barro, fazem o quilo, o tijolo????????????

Prendi a respiração, subi o zíper e recolhi tudo.

Sai às pressas, agradeci o infeliz dono da lanchonete.

Agora a situação estava pior.

Faltavam uns bons metros pra chegar em casa.

Não ia dar,,,,,,,,,,,pensei,

A rua vazia e escura.

Virei uma esquina e visualizei um portão, ninguém na rua.

Não ia dar pra chegar em casa.

Não mesmo.

E foi ali mesmo, do lado do portão.

Que aliviooooo.

Ninguém viu. Apenas a lua foi testemunha.

No outro dia pela manhã indo para o trabalho, lá estava a obra indecente.

Olhei indignado.

- Como podem fazer uma coisa dessas.

Dei de ombros e segui o caminho.

"A necessidade no obriga a fazer coisas que não faríamos se não fosse necessário."

Paulo Sutto
Enviado por Paulo Sutto em 20/12/2009
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