OS ESQUECIDOS PELA INDIFERENÇA HUMANA.

Quem são os esquecidos?

São os velhos que depois de darem suas vidas por e para seus descendentes são abandonados nos asilos, como trastes que impediam a liberdade integral dos que sucederam, são os pais que tudo nos deram e se veem abandonados quando precisam de socorro, são os presos que estão presos injustificadamente, até por crimes famélicos, por não terem quem exerça seus direitos na velocidade desejada e justa para reparar a injustiça, são todos os que estão faltos e ausentes de solidariedade de seus mais próximos, são os deficientes expurgados do meio familiar, em seus guetos públicos ou privados, anatematizados, as crianças segregadas por suas natalidades irresponsáveis que as deixam ao largo do abrigo que mereciam, são todos os que necessitam de ajuda e não a têm, dragados pelo desamor absoluto, os chamados deserdados da sorte por nada se lhes dar de verdadeiro amor e carinho, talvez se lhes passe, por mera e pura vitrine visível para terceiros, para a sociedade, um mínimo, uma migalha, um quase nada, obrigação social diminuta e restrita, para não se enredar na definição legal do abandono material integral definido na lei como crime.

Mas as advertências bíblicas e espirituais nos sinalizam o “umbral”, aquele pórtico espiritual “post-mortem” definidor de nossas condutas terrenas, principalmente com os que de nós dependiam e obtiveram uma indiferença, uma repulsa por incomodarem, um atendimento sempre recusado de suas necessidades e solicitações vistos como um aborrecimento, não como um meio de mostrarmos a caridade a que viemos.

Deus nos colocou no mundo do arbítrio para nos provar, deixar desnuda nossa inclinação, ela se revela com essas e por essas condutas solidárias ou indiferentes, e só por este meio chegaremos à porta do umbral máximo, como justos ou algozes. Lá prestaremos contas.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 20/12/2009
Código do texto: T1987274
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