XÔ TRISTEZA !

Tristeza te afasta de mim. Vai para longe do meu ser. Tristeza matinal que já me acompanha há anos. O que queres, afinal? Porque te instalas assim no meu peito, qual punhal rasgando minhas carnes? Qual tua origem na minha vida? Porque me pegas assim, desavisada, sem condições de te decifrar? De onde vem esse sentimento de estar fora de lugar, de que falta alguma coisa, de vazio que nada preenche? Eu te combato, tu te vais. No outro dia lá estás de novo a apertar minha alma, como se quizesses dela te apossar. Mas eu não deixo. Eu reajo. Deixei-me dominar por muito tempo, agora dou-te um basta! Tu chegas e eu te empurro para longe de mim. Esse combate matinal me fortalece e eu te vejo perdendo as forças frente à minha resistência. A cada manhã teus domínios diminuem e eu me sinto ganhando mais espaço sobre ti. É como iluminar a escuridão. Porque a escuridão não existe. O que existe é a falta da Luz. Assim és tu, tristeza. Tu não existes. O que existe é a falta da alegria. Alegria que eu estou redescobrindo, passo a passo. E, a medida que luto, a alegria vai tomando os espaços da minha alma, corre por minhas veias e domina o coração. Tristeza, é aí que te tornas pequenina. De tão pequena já quase não existes. E chegará o dia que irás evaporar, qual pedra de gelo exposta ao sol. Eu chamo o sol, o calor, a tranquilidade, a consciência do dever cumprido. Eu me muno de amor, de solidariedade, de fé. Eu busco a esperança e a Luz. São minhas armas, minhas companheiras, meu escudo. Aí te venço. Porque adquiro, dia-a-dia, a certeza de que tu não existes. És apenas uma invenção da minha mente. És fogo fátuo que desaparece ao primeiro piscar de olhos.

Vai, vai p'rá longe, tristeza! Aqui não é o teu lugar. Some no espaço e te diluas na poeira cósmica. Não atormentes mais meu coração. Nem o coração de ninguém. A Luz do Natal fará brilhar os corações e a união de todas as almas fará da Terra um Planeta radiante, que encantará os Anjos. Fazemos parte da sinfonia do Universo e nosso destino é vibrar em uníssono com a Criação Divina.

Eu não preciso te decifrar, tristeza. Basta-me apenas a certeza que tu te vais. Adeus, tristeza! Assim é. Assim será.

Giustina
Enviado por Giustina em 19/12/2009
Reeditado em 14/02/2014
Código do texto: T1985999
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