Professor

O título/palavra desta crônica, tanto quanto, os sinônimos derivados retratam apenas antropocentrismo. Na sua maioria e, principalmente em nossa região eu acrescentaria deus as inúmeras palavras sinônimas ao de professor, não que os magistrados e os doutores não mereçam o mesmo fim. O homem na ânsia de formar, criou deus, então, deus é uma criação neurótica do homem e a instituição é uma ilusão, mesmo que real.

Mas, que tem o professor com isso? Tudo e nada, diria Jung. Psicanálise à parte, os neuróticos professores, juízes e médicos trazem graves anomalias ao ciclo mútuo da existência humana, poderíamos acrescentar aos sinônimos de anomalia a palavra instituição, assim, daríamos a ilusão mais realidade. Ficamos somente com os professores. A final, estamos no final do ano e muitos dos estudantes que não conseguiram a famigerada média sete estão nos exames finais. Alguém estabeleceu uma média sete e aquém reprova. Se reprovar é porque não aprendeu, tem dificuldade de aprendizagem é o que dizem os professores, claro, não diretamente, sutilmente; nas entrelinhas; nas salas de professores. E aquele estudante desqualificado fica marcado.

A escola espreme até sair, os belos bacharéis, mestres e doutores. A sociedade paralelamente se vê na deriva de um universo de espertos, “os arrudas”, todos de canudos na mão. Simulação à parte, grande parte das notas dez, na verdade, representam os neuróticos responsáveis por esta sociedade de “sarneis”. A falência da Conferência de Copenhague é exemplo.

Não julgo os professores, nem mesmo a instituição escolar, constato apenas. O conhecimento convencional de hoje é a falência do amanhã e ontem a tragédia. Fico pensando o quanto vegetei nela. O momento mais feliz de minha vida não foi quando eu saí da escola, foi sem dúvida, quando tive a certeza que com certeza fiz a coisa certa, ou seja, sair da escola. Nesse instante me apoderei do conhecimento desafiante do cotidiano e me incorporei à vida.