Conferência? Imprensa?

Primeiro: Com o crescente abalo profissional em torno do diploma e da diplomação, ou seja, carteirinha de profissional; por vezes o jornalista é um redator. O resto é pura vaidade.

Segundo: Sem diploma todo mundo escreve na internet. Da imprensa para a era digital o que vemos é a gratuidade dos colaboradores no mesmo modelo de exploração dessa boa vontade. (Agora boa vontade virtual, jornalistas!). Como na imprensa muita gente não ganha nenhum centavo para aparecer na vitrine intelectual dos nossos dias a moda pegou digitalmente. Isso é que discutível em conferência.

Terceiro: Depois da falta de liberdade no setor, diga-se “liberdade de expressão” para a não menos atual falta de “liberdade de impressão”, novamente a internet e evoluiu o direito, impiedosamente, de qualquer expressão, qualquer besteira, alguns de maneira profissional.

Quarto: Além de ser o melhor lugar para se escrever um texto, nunca haverá libertação do jugo da lei com a moda moral e sua fabricação de lucros sobre os danos, enquanto a palavra “poder” contribuir para assistência ao "jogo duro da razão que vale o quanto pesa" em todos os poderes. Lembro-me da narrativa em que um jornalista iniciante em famosa revista nacional fora requisitado para cobrir tema polêmico. Pesquisou, ganhou ares de detetive, fotografou provas, finalmente a publicação. Foi um sucesso. Ele acabou na rua porque a parte interessada ligou e o Editor atendeu. Nobre criatura que compreendeu melhor o ponto de vista partindo de valores formais. Aproveitem a conferência para melhorar isso.

Aproveitem também para remunerar quem quer que escreva para qualquer coisa, em qualquer lugar.

Quinto: O diploma é uma coroa de louros que nós brasileiros colocamos na feijoada. Jornalista é o texto. O mérito é o "sal" de onde nos causa certa sensação a idéia intelectual do "salário" ausente com a matéria publicada. Seja aonde for.

Sexto: Os diplomadinhos devem estar confusos com tanto empreendedorismo e agora o recalcamento brutal. Ódio aos talentos naturais da palavra na função.

Sétimo: No sétimo dia vem o descanso. Nenhuma faculdade interessada em criar novos jornais de peso. O importante era a política do bem servir aos deuses jornalões, pagadores da pauta pelo menos, e grandes astronautas do poder estabelecido...

Oitavo: Pagadores e operários da palavra estão reunidos em torno do diploma.