Sob o medo

Não foi apenas uma mulher que a mim confessou, se esvaindo em lágrimas

a maldade e crueldade sofrida pela ameaça dos ex-maridos, companheiros

namorados, etc., É que além de as deixarem, trocando-as por outras mulheres, o que já as fazem se sentirem humilhadas, ainda as obrigam a

aceitarem suas condições mesquinhas e opressoras, tais como:entram e

saem de suas casas a hora que bem quizerem;se sentem no direito de vigiar as "abandonadas" para que não refaçam suas vidas;as agridem física e moralmente pelo simples fato de serem "homens": ameaçam de matá-las caso haja denuncia às autoridades; dizem que se forem presos , ao sair, as matarão;esbravejam que lhes tomará os filhos...etc.

Na maioria dos casos as mulheres cedem aos opressores pelo medo. Há

agressão maior que a psicológica?

É fácil dizer para elas não terem medo, denunciar o agressor, procurarem

seus direitos mediante a justiça. Acontece que a justiça, mediante sua lentidão, se torna ineficiente, deficiente, porque não dizer incompetente?

Ora , se a justiça é o único meio de garantia para os que dela precisam e

mesmo assim,não é competente o suficiente para tal, a quem recorrer?

O que fazer ?

Só resta às mulheres continuarem na luta pelo respeito a seus direitos,

pois, mesmo sob o medo, se faz necessário gritar. O eco dos seus gritos , na certa , farão com que, algum dia a sociedade maxista entendo que ser mulher não significa ser um ser a mercê de abusos e

desrespeito, mas sim de um ser que merece respeito , amor e carinho.

Celso Pontes.

Celso Pontes
Enviado por Celso Pontes em 16/12/2009
Código do texto: T1980963
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