Com os mesmos olhos, mas à passos distintos

Caminhando sempre a quatro passos com você...

Nunca brincando só, nunca sorrindo só...

Nunca deixando de ser quem eu fui...

É... Talvez isso tenha me cegado por todo esse tempo...

Porque só agora eu percebo o quão a corrente do cotidiano é forte

Pra você!

Eu sinto muito, meu amigo, mas não pude deixar de ser eu mesmo!

Nem por você e nem por ninguém, eu deixaria uma só lagrima de arrependimento me atrasar!

Porque se crescer é assim, prefiro “brincar de ser adulto” e viver como menino!

Não, não é hipocrisia minha... É apenas uma escolha.

Ser eu mesmo!

Certamente não terá os motivos para o qual levou a ser o que é hoje...

Não que eu desejasse vê-los...

Eu apenas queria ver a transformação de um ser pensante para um “boneco”

E pra que? E por que, meu amigo?!

Sempre correndo eu pude prever, saber, entender você

Mas agora nem lhe perguntando eu consigo te “ver”

Eu queria dizer para não ir por aí!

Mas quem sou eu hoje para você?!

Sou um estranho que se veste engraçado, que anda em bandos caretas...

Que curte sons caretas e que serve de piada para você e seus modelos...

Nem pareço mais aquele que um dia você chamou de irmão não é?!

Ou talvez seja você quem nunca foi o que disse ter sido!

Irmãozinho... Eu sinto muito, mas apesar de nossos pais serem outros

Nosso Deus e nosso lugar são só um!

Espero que um dia enxergue que eu te esperei até onde a estrada me permitiu ir!

Frajola
Enviado por Frajola em 16/12/2009
Código do texto: T1980922
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