PALAVRAS QUE ASSUSTAM
Às vezes, quase sempre, escrevo palavras que me assustam, palavras que fazem minhas defesas ficarem de prontidão, em estado de alerta. O que é isso companheiro?! O raio veio cair justamente aqui, neste cantinho escondido, onde medito e reflito sobre esta fantasiosa (minha) vida, existência terrena. É por que escrevo palavras que me assustam? Palavras que querem me revolucionar? Não tenho medo da repressão, já tive, mas tenho medo destas palavras, hoje e amanhã, se não houver uma intervenção superior, continuará assim, um susto atrás do outro. Que intervenção é essa? Como se dará? Que revolução é essa? Como se sucederá? Nenhuma das alternativas responderá às perguntas elaboradas de forma exageradas, e cada uma delas se baseia em conjecturas oriundas do inconsciente, e este, por mais louco que seja, não responderá nada, pelo contrário, quer é colocar lenha na fogueira, as vaidades, quer é colocar, ao contrário, tudo, quer explodir, incendiar, terrorista que pode ser, fanático que talvez seja, lunático que sempre foi, extremista a seu favor, além de não poupar ninguém, muito menos eu.
As palavras assustam tanto quanto explodem, como eles, os fanáticos, os alucinados por revoluções, internas e externas.
Nestas já citadas conjecturas oriundas do inconsciente também foram incluídas as citações do sábio homem que não se afundou nas lamas da santa guerra travada entre o bem e o mal feito, entre as vontades não satisfeitas, entre eu e eu mesmo.
Neste instante milagroso caiu do céu esta frase, contendo palavras que me assustam.
Era eu ensinando para mim mesmo o que não tinha aprendido ainda.
Ele quem? Ensinando o quê? Tudo isto me assusta.
Como já nasci apanhando, chorando, não relevei, continuei, ei!