DA MINHA INQUIETAÇÃO
Não ser nada, ser uma figura de romance,
Sem vida, sem morte material, uma idéia,
Qualquer coisa que nada tornasse útil ou feia,
Uma sombra num chão irreal, um sonho num transe
(Fernando Pessoa)
Artur da Távola disse certa vez numa crônica que era uma pessoa inquieta e embora reconhecesse as causas não entendia o porquê dessa sua inquietação, que lhe tirava a paz e o incomodava. Também sou vítima de inquietação e para fugir dela o que sempre faço é dar tratos à imaginação criando. a minha própria realidade, que por vezes me atinge mais que o concreto do dia-a-dia. Valho-me da literatura, que é a invenção, a criação de uma realidade imaginária por meio da elaboração estética dos meus textos.
Fugir da realidade é uma constante em mim. E por que fujo? Digamos que sou uma “inquieta sem causa”, que me alimento dessa inquietação, e que embora me incomode, necessito dela para reconhecer-me. Que nem o Artur.
E o que faço? Simples! Pelejo com a harmonia que me cerca não me permito o azul que te quero azul para descanso dos olhos, não me deixo influenciar pela beleza da natureza e embora amando a tantos e sendo por eles amada vou seguindo inquieta no meio da paz.
Inquieta nessa busca de Deus “ que se esconde no instante seguinte ao de cada percepção da sua existência; parecendo que Ele quer que a sua procura seja incessante.”
Sou inquieta porque me imagino poeta de versos ainda não escritos.
Inquieta “ porque sou madura e conheço o exato peso da cruz, o tamanho da minha precariedade para conciliar conhecimento com ação”
E por muito mais... por muito mais...
( as citações em negrito constam da crônica de Artur da Távola “Se tudo é paz, por que estou inquieto do livro de crônicas Cada um no meu lugar)
Não ser nada, ser uma figura de romance,
Sem vida, sem morte material, uma idéia,
Qualquer coisa que nada tornasse útil ou feia,
Uma sombra num chão irreal, um sonho num transe
(Fernando Pessoa)
Artur da Távola disse certa vez numa crônica que era uma pessoa inquieta e embora reconhecesse as causas não entendia o porquê dessa sua inquietação, que lhe tirava a paz e o incomodava. Também sou vítima de inquietação e para fugir dela o que sempre faço é dar tratos à imaginação criando. a minha própria realidade, que por vezes me atinge mais que o concreto do dia-a-dia. Valho-me da literatura, que é a invenção, a criação de uma realidade imaginária por meio da elaboração estética dos meus textos.
Fugir da realidade é uma constante em mim. E por que fujo? Digamos que sou uma “inquieta sem causa”, que me alimento dessa inquietação, e que embora me incomode, necessito dela para reconhecer-me. Que nem o Artur.
E o que faço? Simples! Pelejo com a harmonia que me cerca não me permito o azul que te quero azul para descanso dos olhos, não me deixo influenciar pela beleza da natureza e embora amando a tantos e sendo por eles amada vou seguindo inquieta no meio da paz.
Inquieta nessa busca de Deus “ que se esconde no instante seguinte ao de cada percepção da sua existência; parecendo que Ele quer que a sua procura seja incessante.”
Sou inquieta porque me imagino poeta de versos ainda não escritos.
Inquieta “ porque sou madura e conheço o exato peso da cruz, o tamanho da minha precariedade para conciliar conhecimento com ação”
E por muito mais... por muito mais...
( as citações em negrito constam da crônica de Artur da Távola “Se tudo é paz, por que estou inquieto do livro de crônicas Cada um no meu lugar)