Crônica de domingo

Estou olhando para o relógio faz alguns minutos. O tempo se rompe, carregando em seus braços a efemeridade da vida. Numa noite de domingo, seria bom andar pela cidade. Hoje faz tanto calor, que transpiro algumas gotas de saudade e melancolia.

Não há muito que escrever nesta crônica. Talvez, eu pudesse redigir algo sobre a corrupção em Brasília, comentar o sorteio das seleções na Copa do Mundo ou até mesmo relatar sobre as chuvas que caem em São Paulo. Mas, se meu leitor deseja saber o que penso a respeito destes assuntos, procurarei ser bem sintética.

No primeiro caso, não quero discutir sobre política, mas penso que Clarice Lispector tinha toda razão quando escreveu esta frase “Brasília... uma prisão ao ar livre”. Quanto ao futebol, deixarei aqui a minha boa sorte para a seleção brasileira. No que se refere às chuvas, creio que São Pedro deva ter se enrubescido com São Paulo. Penso que Deus, já tenha pedido para eles fazerem as pazes no céu.

E quanto a mim, só resta continuar escrevendo esta crônica sem sentido. Olhar para o relógio e observar a dança das horas, ouvir os roncos longínquos dos carros e idealizar amores impossíveis, até meus olhos cerrarem, para o boa noite.

Mayanna Davila Velame
Enviado por Mayanna Davila Velame em 14/12/2009
Código do texto: T1976673
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