O que é o Natal?
Dia desses alguém dividiu comigo sua expectativa pela chegada do natal. Contou-me da alegria que a data lhe causa; da magia que envolve os dias que a antecedem; da felicidade sentida todos os anos...
Outra pessoa, porém, me relatou o contrário. Da aflição que a data lhe causa; da correria que envolve os dias que a antecedem; da tristeza sentida todos os anos...
Numa coincidência (ou não) um leitor me pediu que escrevesse sobre o natal no terceiro milênio...
Por mim, digo que o natal é uma daqueles acontecimentos que não podemos definir. Não há uma lógica nesta época que faça com que todos sintam e ajam da mesma maneira. Não dá para exigir que todos estejam felizes ou impedir que muitos se sintam tristes. O natal é muito mais do que uma data. É uma conjunção das mais diversas emoções e sentimentos.
Lembro-me com precisão dos meus natais de criança, e destes posso dizer que existiam regras. Natal de criança é única e exclusivamente feliz.
Não, não importa que o presente aguardado tenha sido substituído por outro, pois decepção de criança é como um relâmpago que dá e passa. Logo já estará brincando satisfeita com o brinquedo substituto. O que vale para os pequenos é curtir a euforia da surpresa, do novo, ainda mais trazida por um velhinho barbudo diretamente de sua oficina repleta de duendes ajudantes. Natal de criança é fantasia e sonho, e nestes só cabe exultação.
Não vejo nos dias “tecnos” de hoje, as crianças (quase pré-adolescentes) quererem desmascarar o disfarce do bom velhinho, provando que é o tio ou o próprio pai (que não se chama Noel) que está por trás de tudo. Percebo sim, um monte de marmanjinhos sabidos deixando-se engambelar pela figura opulenta supostamente vinda do Pólo Norte, fantasticamente puxada por um trenó de renas voadoras e que nunca entalou em nenhuma chaminé apesar da exorbitante barriga.
Natal só é indiscutível quando ainda se crê na magia do Papai Noel.
Quando esta magia acaba a data passa a ser mais um esperado e fantástico feriado no meio da semana, ou (aos moldes do desejo de gente grande) que caia na sexta-feira e marque um feriadão surreal. Natal de marmanjo não só não tem regras nem magia, como representa a potencialização do estresse da falta de tempo.
Meninos e meninas, ao mesmo tempo em que deixam de crer nas fantasias vermelhas, têm que encarnar o próprio personagem, e “fabricar”, até o dia 25, todos os presentes pedidos, todas as lembranças obrigatórias e encarar todos os compromissos festivos. Ficam perdidos no meio da balbúrdia criada por muitos e muitos consumidores que não possuem barbas brancas, e ainda (na tão aguardada noite) deverão ter ânimo para soltar o mais sincero “Ho-Ho-Ho!”.
Divido-me em meio às opiniões natalinas. Ora, me sinto alegre... Quando me surge o outro personagem que (também contam) usava barba e nasceu neste mesmo dia, embora não tenha nenhum parentesco com Noel. O personagem Jesus faz com que o natal tenha um significado mais adequado à minha idade, cheia de restrições às figuras irreais. Brindo ao seu nascimento e à sua missão aqui na Terra.
Ora, entristeço... Ao lembrar o quanto a humanidade têm se esquecido disto.
Enfim, natal é isto e muito mais. Assunto para um livro, e não para uma única crônica.
Natal é uma mistura de histórias, uma porção de lembranças, uma miscelânea de sentimentos, uma embriaguês de emoções. Natal é a própria ceia, onde (independentemente da realidade ou da razão) gente grande e gente pequena se unem no mesmo momento, num só pensamento, num único brinde, ao agradecimento universal pelo presente da vida.
Dia desses alguém dividiu comigo sua expectativa pela chegada do natal. Contou-me da alegria que a data lhe causa; da magia que envolve os dias que a antecedem; da felicidade sentida todos os anos...
Outra pessoa, porém, me relatou o contrário. Da aflição que a data lhe causa; da correria que envolve os dias que a antecedem; da tristeza sentida todos os anos...
Numa coincidência (ou não) um leitor me pediu que escrevesse sobre o natal no terceiro milênio...
Por mim, digo que o natal é uma daqueles acontecimentos que não podemos definir. Não há uma lógica nesta época que faça com que todos sintam e ajam da mesma maneira. Não dá para exigir que todos estejam felizes ou impedir que muitos se sintam tristes. O natal é muito mais do que uma data. É uma conjunção das mais diversas emoções e sentimentos.
Lembro-me com precisão dos meus natais de criança, e destes posso dizer que existiam regras. Natal de criança é única e exclusivamente feliz.
Não, não importa que o presente aguardado tenha sido substituído por outro, pois decepção de criança é como um relâmpago que dá e passa. Logo já estará brincando satisfeita com o brinquedo substituto. O que vale para os pequenos é curtir a euforia da surpresa, do novo, ainda mais trazida por um velhinho barbudo diretamente de sua oficina repleta de duendes ajudantes. Natal de criança é fantasia e sonho, e nestes só cabe exultação.
Não vejo nos dias “tecnos” de hoje, as crianças (quase pré-adolescentes) quererem desmascarar o disfarce do bom velhinho, provando que é o tio ou o próprio pai (que não se chama Noel) que está por trás de tudo. Percebo sim, um monte de marmanjinhos sabidos deixando-se engambelar pela figura opulenta supostamente vinda do Pólo Norte, fantasticamente puxada por um trenó de renas voadoras e que nunca entalou em nenhuma chaminé apesar da exorbitante barriga.
Natal só é indiscutível quando ainda se crê na magia do Papai Noel.
Quando esta magia acaba a data passa a ser mais um esperado e fantástico feriado no meio da semana, ou (aos moldes do desejo de gente grande) que caia na sexta-feira e marque um feriadão surreal. Natal de marmanjo não só não tem regras nem magia, como representa a potencialização do estresse da falta de tempo.
Meninos e meninas, ao mesmo tempo em que deixam de crer nas fantasias vermelhas, têm que encarnar o próprio personagem, e “fabricar”, até o dia 25, todos os presentes pedidos, todas as lembranças obrigatórias e encarar todos os compromissos festivos. Ficam perdidos no meio da balbúrdia criada por muitos e muitos consumidores que não possuem barbas brancas, e ainda (na tão aguardada noite) deverão ter ânimo para soltar o mais sincero “Ho-Ho-Ho!”.
Divido-me em meio às opiniões natalinas. Ora, me sinto alegre... Quando me surge o outro personagem que (também contam) usava barba e nasceu neste mesmo dia, embora não tenha nenhum parentesco com Noel. O personagem Jesus faz com que o natal tenha um significado mais adequado à minha idade, cheia de restrições às figuras irreais. Brindo ao seu nascimento e à sua missão aqui na Terra.
Ora, entristeço... Ao lembrar o quanto a humanidade têm se esquecido disto.
Enfim, natal é isto e muito mais. Assunto para um livro, e não para uma única crônica.
Natal é uma mistura de histórias, uma porção de lembranças, uma miscelânea de sentimentos, uma embriaguês de emoções. Natal é a própria ceia, onde (independentemente da realidade ou da razão) gente grande e gente pequena se unem no mesmo momento, num só pensamento, num único brinde, ao agradecimento universal pelo presente da vida.