Insônia.
As horas não passam quando a gente quer. Meu quarto não é muito grande, porém confortável. Bastante confortável. Ainda assim fico andando pra lá e pra cá e antes de começar a escrever era 00:37, apesar de eu ter tido a sensação de que fiz tantas coisas, olho no relógio e constato que se passou um mísero minuto. Só Deus sabe como vai ser até o amanhecer.
Fico criando tantas estórias na minha cabeça, que chega a ser difícil sentar e me concentrar só em uma. É por essas e outras que as minhas melhores loucuras sempre guardo para mim mesma. Díficil acreditar que crio coisas boas, mas às vezes acontece. Até lá, santa paciência. Aliás, a máquina deve estar com problema, o que não ajuda nada nessa tortura de insônia. Santa paciência again, só vou tentar ajeitá-la amanhã.
Pior do que as horas se arrastando, cabeça cheia e o tédio é quando a máquina resolve falhar e todo o prazer de escrever começa a se transformar em falta de paciência com um toque de frustração só para completar. Mas aí vai uma dica inútil: respire bem fundo e pense nisso como um exercício de paciência ou como uma bosta de problema que já está te deixando de saco cheio mesmo.
Agora vejo que conheço cada cantinho do meu cativeiro. Interessante, não é?. Encontrei falhas que nem imaginei que poderiam existir. Conheci os podres do meu lugar. Aqueles que você só consegue ver a noite, quando ninguém mais está por perto. Por falar em noite, é o melhor horário para escrever. O silêncio chega até a dar agoinia, principalmente se você está acostumado com barulho quase toda hora. Sem tirar que a cabeça fica vazia e tão boa para ser livre. Sem restrições.
Ainda é 00:56, mas me sinto um pouco mais contente. Apesar dos problemas com a máquina e a falta de lugar para explorar aqui. Vou dormir para explorar meus sonhos.
TCHAU.