O QUE É SAUDADE?
Esta semana eu me peguei perguntando sobre o que é saudade. Mas, não essa saudade que costumamos ter e/ou dizer sobre tudo que nos ocorre e que, muitas vezes, são, na verdade, lembranças saudosas trazidas lá do fundo do nosso passado. Não. Não é dessa saudade que eu peguei a pensar.
Quando eu me surpreendi pensando e fazendo interrogações sobre o que era saudade, eu não quis me lembrar do rio no qual tomava banho, ou do carrinho de madeira que possuía, muito menos do par de sapatos que achava, na época, fosse o mais bonito que eu já vira em toda minha vida. Não. Isso tudo eu deixei de lado. Eu queria, ou melhor, o que eu tentava saber descrever era a saudade que sentia quando, de repente, eu ficava triste. Melancólico.
Esta saudade que, com certeza, chegava de repente, sem avisar, e nascia – não se sabe em qual lugar –, provavelmente, lá dentro de nós, talvez pertinho de onde a gente costuma se apaixonar, e que trazia a nostalgia doída de algo ou alguém que foi importante e que marcou nossas vidas.
Porém, percebi que era difícil dissociar tudo que se relacionava com as reminiscências – fossem elas boas ou ruins –, com a saudade que queimava o peito, e me deixava de olhos vidrados, olhando para um ponto, como a orar desejando reviver tudo aquilo que havia vivido.
Uma vez, estando eu em terras estrangeiras, uma linda jovem – esta querendo saber por que o brasileiro gostava tanto de falar, em sua língua, de saudade – me pediu um exemplo prático do que era, na verdade, esta palavra. Naquele momento, sem saber exatamente o que dizer, porém querendo transmitir, na essência, o que era saudade, eu lhe disse que saudade não era ver a partida de um barco que levava, para outros continentes, a pessoa amada. Saudade era, passado algum tempo desta partida, sentir um aperto dentro do coração – sem mais nem menos – e rever toda a cena daquele barco indo de mar adentro: o beijo de despedida, as juras e as lágrimas – e pedir para que ele retornasse o mais breve possível, trazendo em seu convés, quem ele um dia levou, deixando-nos com pesar.
Ela, a jovem senhorita da Ilha de Margarita/Venezuela, me olhou e balançou a cabeça, concordando. Entretanto, naquele momento, eu percebi o quanto era difícil explicar o que era saudade. Mesmo porque, senti-la é uma coisa, descrevê-la é outra completamente diferente. Aliás, descrevê-la é a parte mais difícil.
Por isso, ao sentir a necessidade de falar sobre saudade, eu andei procurando em sites de poesias, em dicionários e, achei duas colocações interessantes. Na primeira, no dicionário Aurélio: Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las; Nostalgia. E, depois, num site não muito confiável, mas que também definiu de forma que me agradou: saudade é a mistura dos sentimentos de perda, de distância, de amor.
Assim, as explicações dadas pelos dois me convenceram que saudade está inserida dentro de um universo chamado de lembranças, onde lá se arquivam toda a sua memória, e dela tiramos pastas, na medida em que precisamos resgatar alguma coisa. No entanto, a saudade – que fica guardada na gaveta especial da parte principal dos arquivos – nos reserva somente os melhores momentos de nossas lembranças, pois, pelo seu caráter sentimental, nos fazem lembrar que só sentimos saudade daquilo que nos fez muito bem.
De tal modo que, eu apreendi porque me peguei pensando sobre o que era saudade. Naquela manhã, em especial, ao acordar, senti falta dos meus que se foram e que moram, hoje, no local que acreditamos, pela fé, ser o reino celestial; dos amigos os quais a distância – e o tempo – me impediu (e impede) de revê-los, apesar de estarem no mesmo plano que eu; e, sobretudo, porque, justo naquela manhã, eu comecei o dia me perguntando: por que se sente saudade de um amor que não se viveu, já que saudade é a lembrança nostálgica de algo que já ocorreu em nossa vida sentimental?
Mas, isso, fica para outra acepção de saudade...
Esta semana eu me peguei perguntando sobre o que é saudade. Mas, não essa saudade que costumamos ter e/ou dizer sobre tudo que nos ocorre e que, muitas vezes, são, na verdade, lembranças saudosas trazidas lá do fundo do nosso passado. Não. Não é dessa saudade que eu peguei a pensar.
Quando eu me surpreendi pensando e fazendo interrogações sobre o que era saudade, eu não quis me lembrar do rio no qual tomava banho, ou do carrinho de madeira que possuía, muito menos do par de sapatos que achava, na época, fosse o mais bonito que eu já vira em toda minha vida. Não. Isso tudo eu deixei de lado. Eu queria, ou melhor, o que eu tentava saber descrever era a saudade que sentia quando, de repente, eu ficava triste. Melancólico.
Esta saudade que, com certeza, chegava de repente, sem avisar, e nascia – não se sabe em qual lugar –, provavelmente, lá dentro de nós, talvez pertinho de onde a gente costuma se apaixonar, e que trazia a nostalgia doída de algo ou alguém que foi importante e que marcou nossas vidas.
Porém, percebi que era difícil dissociar tudo que se relacionava com as reminiscências – fossem elas boas ou ruins –, com a saudade que queimava o peito, e me deixava de olhos vidrados, olhando para um ponto, como a orar desejando reviver tudo aquilo que havia vivido.
Uma vez, estando eu em terras estrangeiras, uma linda jovem – esta querendo saber por que o brasileiro gostava tanto de falar, em sua língua, de saudade – me pediu um exemplo prático do que era, na verdade, esta palavra. Naquele momento, sem saber exatamente o que dizer, porém querendo transmitir, na essência, o que era saudade, eu lhe disse que saudade não era ver a partida de um barco que levava, para outros continentes, a pessoa amada. Saudade era, passado algum tempo desta partida, sentir um aperto dentro do coração – sem mais nem menos – e rever toda a cena daquele barco indo de mar adentro: o beijo de despedida, as juras e as lágrimas – e pedir para que ele retornasse o mais breve possível, trazendo em seu convés, quem ele um dia levou, deixando-nos com pesar.
Ela, a jovem senhorita da Ilha de Margarita/Venezuela, me olhou e balançou a cabeça, concordando. Entretanto, naquele momento, eu percebi o quanto era difícil explicar o que era saudade. Mesmo porque, senti-la é uma coisa, descrevê-la é outra completamente diferente. Aliás, descrevê-la é a parte mais difícil.
Por isso, ao sentir a necessidade de falar sobre saudade, eu andei procurando em sites de poesias, em dicionários e, achei duas colocações interessantes. Na primeira, no dicionário Aurélio: Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las; Nostalgia. E, depois, num site não muito confiável, mas que também definiu de forma que me agradou: saudade é a mistura dos sentimentos de perda, de distância, de amor.
Assim, as explicações dadas pelos dois me convenceram que saudade está inserida dentro de um universo chamado de lembranças, onde lá se arquivam toda a sua memória, e dela tiramos pastas, na medida em que precisamos resgatar alguma coisa. No entanto, a saudade – que fica guardada na gaveta especial da parte principal dos arquivos – nos reserva somente os melhores momentos de nossas lembranças, pois, pelo seu caráter sentimental, nos fazem lembrar que só sentimos saudade daquilo que nos fez muito bem.
De tal modo que, eu apreendi porque me peguei pensando sobre o que era saudade. Naquela manhã, em especial, ao acordar, senti falta dos meus que se foram e que moram, hoje, no local que acreditamos, pela fé, ser o reino celestial; dos amigos os quais a distância – e o tempo – me impediu (e impede) de revê-los, apesar de estarem no mesmo plano que eu; e, sobretudo, porque, justo naquela manhã, eu comecei o dia me perguntando: por que se sente saudade de um amor que não se viveu, já que saudade é a lembrança nostálgica de algo que já ocorreu em nossa vida sentimental?
Mas, isso, fica para outra acepção de saudade...
Obs. Imagem da internet