CRÕNICAS DE NATAL - II

Entrei animado no grande salão onde os duendes acabavam de colocar os últimos presentes no trenó, um dos ajudantes veio correndo escovar meu manto vermelho enquanto outro penteava minha barba com carinho, dentro de instantes tudo tinha que estar perfeito. Olhei ao redor procurando as renas e as encontrei. Corredora e Dançarina conversavam despreocupadas em um canto, Empinadora, Rapoza e Cometa jogavam rosvolthe, (um jogo de renas) para passar o tempo. Cupido dava os últimos retoques na maquiagem. (Gosta de estar sempre impecável), Trovão e Relâmpago me olhavam sorridentes, retribuí o sorriso com afeição, (Meu Deus! Como gosto desses bichos!) Rodolfo entrou de repente distribuindo ordens a todos. Disse que os duendes estavam muito devagar, que o tempo era curto e que as renas já deviam estar em suas posições à frente do trenó.

Eu assistia a tudo deliciado com cenas tão lindas e únicas. Todo ano é a mesma coisa, mas não me canso nunca.

Quando menos percebi o “circo” estava montado. O trenó carregado até seu limite máximo, as renas em posição; Rodolfo me olhando sério como quem diz: -- Vamos lá... Só falta você.

Tomei posição em meu acento e fiz sinal para partirmos, imediatamente as renas se puseram em movimento e começamos a voar; lá em baixo os duendes nos acenavam alegres e felizes.

Deslizamos pelo céu azul em velocidade de cruzeiro, as estrelas sendo nossas guias e nossos faróis.

Mais um Natal vai começar. A tempos não me sentia tão bem.

Ho! Ho! Ho! “Crianças” estou a caminho.