INVEJA.
Inveja é a sombra que desce às camadas mais inferiores do ser humano para indicar sua personalidade anã que só o invejoso não enxerga, é a ferrugem da alma que aniquila e devasta da mesma forma que arruina qualquer valor que se possa encontrar no caráter, consome o invejoso, nela residindo a confissão de inferioridade, a incapacidade de progredir sem se ocupar com a vitória ou o valor alheio.
O invejado tem pelo exercício do invejoso o reconhecimento de suas vocações aplaudidas, o louvor de vitórias conquistadas restando a quem inveja a infâmia que reduz qualquer possibilidade de luz interior, sufocando cada vez mais a caminhada cinzenta e descolorida a que se entrega o invejoso em seus princípios menores, cultivados e cultuados nos escaninhos da miséria da vontade, apequenada e missioneira do caos da harmonia superior.
Nessa esteira do insucesso espalha negatividades, energizando o mal, propagando o desconforto, disseminando o ódio que não se manifesta encoberto que está pela covardia.
É como a justiça sem espada na mão, a injustiça que se esconde na vontade nefasta de ser a vitória do outro que nem de longe se aproximará, cerceada pela ausência de liberdade anímica, sempre presa ao sucesso do invejado.
Vagueará sempre como a prosa que por vezes tem idéia pobre como o verso que aponta idéia inexata.
Viverá sempre a mais atroz das mentiras, a sua mentira, visível e repulsiva.
Nunca terá paz pois não se volta para seu universo, ligado que está nos projetos e feitos alheios.
O segredo para conciliar sua vida com o mundo exterior, harmonicamente, está em compreender cada pessoa respeitando suas individualidades e suas vitórias.