Crônica aos meus amigos
Sou uma mulher de grandes amigos. Talvez não muitos, mas enormes os que possuo. Alguém um dia disse que a amizade é o patrimônio mais precioso que um homem pode construir durante uma vida inteira. E disse mais: Disse que se você conseguir construir um verdadeiro amigo, unzinho que seja durante o tempo que se passa aqui neste mundo grande de meu Deus já está de bom tamanho.
Pois digo que sou uma pessoa de muita sorte. Dá pra contar nos dedos, é claro, mas grandes amigos possuo à rodo, a julgar o fato de que a espécie "amigos verdadeiros" está em extinção.
Junto com a felicidade que eles me trazem, me entregam também uma grande responsabilidade, pois ter amigos não é só e somente fazê-los... tem todo um processo de manutenção da relação. E tenho consciência de que tenho falhado neste sentido.
Os que moram longe (outra cidade, outro estado) têm de mim a ausência física, porém nunca a espiritual nem sentimental.
Os que moram na mesma cidade têm de mim também a ausência física, certo que em tempos menores com relação aos que moram longe, mas o fato é que possuem. Não deveria.
Não quero, nem devo me justificar. Desculpas triviais como trabalho, namoro, assuntos a serem revolvidos e faculdade não devem jamais estar no meio dessas amizades que nos trazem tanto regozijo.
Afinal, o que seria de nós sem esse tipo de relação que nos proporciona alegria e cumplicidade sem pedir nada em troca?