Ano novo, vida nova - será?

A cada vez que o Planeta Terra termina uma volta completa ao redor do Sol, nós, os terráqueos, nos regozijamos pelo fato de termos tido a oportunidade de passarmos por mais uma etapa da nossa vida, em nada mais do que 365 dias de lutas, conquistas, derrotas e voltas por cima, aprendizado, momentos felizes e outros nem tanto; enfim, é o tempo inexorável, como grande dádiva divina, que nos é concedido para que façamos o melhor proveito rumo ao crescimento da nossa individualidade e que, infelizmente, não é o que acontece com a grande maioria dos nossos irmãos, embora as chances sejam oferecidas indistintamente para todos. Mais uma vez, quero me aproveitar deste espaço para reiterar a infinita importância do não desperdício do nosso tempo de vida com atividades absolutamente inúteis, cujo objetivo seja apenas o de “distrair-se” ou “matar o tempo”(!?), ou então para amealhar mais e mais bens materiais “ad infinitum”, ou ainda, o que é pior, para criar e incentivar condições de ganho a idolatrados profissionais do esporte, cujo trabalho não produz nada, coisa nenhuma para a evolução humana, incluindo-se, em primeiro lugar, os próprios ídolos. Vejam que, devido à preocupação constante com essas atividades letais à nossa espiritualidade, acontece a diminuição perigosa do espaço de tempo para que possamos fazer algo que sirva de cumprimento da nossa missão perante a humanidade, perante a nossa família e até perante a nós mesmos. Por tudo isso, poderá chegar o momento em que viremos a constatar que “Inês é morta”, daí, nada mais a fazer!

É lamentável, é muito triste, é inconsolável, por exemplo, tudo aquilo que aconteceu com os nossos irmãos de Sta. Catarina, lembram-se? – agora, qual a razão dessa catástrofe ter atingido um número tão significativo de pessoas “inocentes”, desde que o povo catarinense sempre foi ordeiro, trabalhador, principalmente pela sua representatividade de além-mares, de tamanha importância para a colonização do solo brasileiro? Acontece que, se admitirmos que pessoas inocentes possam estar passando por privações e provações de tal monta, iremos questionar a justiça divina, o que, por si só, seria o maior dos sacrilégios, já que teríamos que negar a existência de Deus, porque Ele é a perfeição inquestionável. Daí então, só nos resta lamentar a causa de toda aquela situação calamitosa, que só pode ter partido de um acúmulo muito grande de máculas espirituais, criadas nos locais atingidos pelos seres humanos ali lotados. Isso é muito triste, porém nada mais explica o acontecido, porque não podemos debitar tais fatos ao acaso, ao azar, ou à coincidência, senão voltaríamos à condição de ateus “praticantes”!

É por tudo isso que se torna urgente começarmos a revisar nossos conceitos de certo e errado, de falso e de verdadeiro, fazendo uma análise dos nossos pensamentos, das nossas palavras e das nossas ações, tratando de criticá-los com profundidade e, assim, podermos mudá-los ainda em tempo de evitarmos o mesmo conosco, da mesma forma em que tem acontecido, em grande escala, também além de Sta. Catarina. O aquecimento global é o resultado das ações negativas de todos nós, portanto não podemos nos isentar da nossa responsabilidade, achando que as coisas só acontecem com “os outros” – isto é mesmo uma grande estupidez. Temos de nos conscientizar, de uma vez por todas, que a Natureza está lutando para voltar ao seu equilíbrio original, tirado do eixo pelas nossas atitudes de desrespeito irresponsável a tudo o que nos foi oferecido pelo Criador, para que pudéssemos viver em paz, com saúde e abundância.

É de bom alvitre que usemos a passagem deste novo ano para partirmos, em definitivo, para uma caminhada de recuperação do tempo perdido, revertendo assim nossas negatividades e inutilidades para ações de crescimento espiritual e de limpeza voluntária das sujeiras que estão poluindo a nossa alma e os locais por onde passamos e residimos. Daqui pra frente não vamos mais esperar por 365 dias para efetuarmos essa renovação, mas sim, façamo-la a cada dia em que abrirmos os olhos e reiniciarmos uma nova vida de um novo caminhar. Toda a natureza está sob o comando do Supremo, portanto vamos respeitá-la para não termos de temê-la.

Moacyr de Lima e Silva
Enviado por Moacyr de Lima e Silva em 09/12/2009
Reeditado em 12/12/2011
Código do texto: T1968944