O ETERNO QUESTIONAMENTO: "QUEM SOU EU?"
Eu sempre me irrito quando tenho que responder essa perguntinha chata. Essa perseguição começou na época da faculdade: eu tinha um professor de produção textual, excelente professor, diga-se de passagem, mas que me fez escrever duas redações com esse título.
Agora é na internet, em tudo que é rede social que eu entro, tenho que responder essa pergunta besta: - Quem sou eu? Quem sou eu? Quem sou eu? Pra que tu quer saber? Porra! Que merda de pergunta mais indiscreta.
Um dia me esquentei da cara e escrevi o “poema” abaixo:
Quem sou eu?
Sou uma mulher muito prática e afoita.
Do tipo que caga ou logo desocupa a moita.
Amor...
Ou me come ou te manda.
Ou fica comigo e só comigo ou então, a fila anda.
Trabalho...
Ou me paga ou te processo.
É assim que funciona, se gostar, gostou.
Se não gostar, nem leia o resto.
Amizade...
Ou você tá dentro do meu círculo de amigos ou então, tá fora.
Diga um verso bem bonito, dê adeus e vá embora.
Família...
Apenas aqueles com quem posso contar.
Não basta ter o mesmo sangue, tem que participar.
Dinheiro...
Foi feito pra gastar e não pra guardar em bancos.
O dinheiro é uma muleta e nós somos todos mancos.
Passado...
Quem gosta é museu.
O presente me pertence e o futuro ainda não é meu.