Os Amigos que Deus nos Dá e os Irmãos que Escolhemos (reflexão)
A melhor definição de amigos que já vi diz que amigo é o irmão que nós escolhemos. Eu completaria dizendo que os irmãos são os amigos que Deus nos deu. E ele me deu seis grandes amigos, o mais velho já convertido em anjo. Quando crianças, tivemos nossas briguinhas, normais entre irmãos, mas mantemos até hoje um relacionamento amoroso, bonito de se ver. Cada encontro festivo é sempre muito divertido, contamos piadas, compartilhamos histórias, lembranças, carinho. Somos a mais vibrante torcida pelo sucesso uns dos outros e nos momentos difíceis estamos sempre juntos, nos apoiando mutuamente.
Mas nem sempre os irmãos podem estar presentes. Temos nossas vidas, estudos, empregos, cônjuges e filhos. Mudamos-nos de casa, bairro, cidade. Às vezes, até de país. E convivemos com outras pessoas que acabam por fazer parte da nossa vida, tornando-se nossos amigos. São nossos irmãos de alma, não de sangue. E aqui, não vou falar dos meus amigos, que são muitos e valorosos e que sabem o quanto eu os prezo e amo.
Vou falar de uma outra amizade, linda e perene.
Um fato corriqueiro me inspirou este texto: preciso aparar os cabelos. Sem tempo de ir ao salão, lembrei-me da tia Hermínia. Lembrei-me das vezes em que nos sentávamos sobre a mesa de refeições na casa de minha mãe, para que ela, com sua tesourinha, desse tratos à nossa cabeleira. Não. Tia Hermínia não é uma cabeleireira. É vizinha e amiga da minha mãe há quase quatro décadas. Ambas estavam aqui em Brasília com filhos e marido - o dela chama-se Hermínio e nada me tira da cabeça que o namoro começou pela coincidência dos nomes -, mas afastadas de suas famílias que haviam ficado no Rio. Inevitável que a amizade surgisse, florescesse. Uma amizade rica, em que uma sempre está a postos quando a outra precisa. Uma amizade bonita, com altos e baixos como qualquer outra - os baixos quase todos provocados pelo gênio da minha mãe (ainda bem que eu herdei o temperamento do papai) - mas que resiste ao tempo e às crises, sempre cada vez mais fortalecida. Uma amizade que justifica a definição de amigos do início do meu texto. As duas são irmãs de alma. Tanto que desde o início a chamamos de tia. Nossa querida tia Hermínia.
Escrevi este texto não como uma homenagem à tia Hermínia, embora ela mereça muitas, mas como uma celebração à amizade. A vida dessas duas mulheres poderia ter sido muito mais fácil se elas tivessem permanecido ao lado de suas famílias, mas, com toda a certeza, teria sido muito mais difícil se elas não tivessem se aceitado como a família uma da outra.
Especialmente nesta época de Natal e Ano Novo, celebremos, renovemos nossas amizades. Aquelas dadas por Deus quando nascemos. E aquelas que Deus nos dá depois.
A melhor definição de amigos que já vi diz que amigo é o irmão que nós escolhemos. Eu completaria dizendo que os irmãos são os amigos que Deus nos deu. E ele me deu seis grandes amigos, o mais velho já convertido em anjo. Quando crianças, tivemos nossas briguinhas, normais entre irmãos, mas mantemos até hoje um relacionamento amoroso, bonito de se ver. Cada encontro festivo é sempre muito divertido, contamos piadas, compartilhamos histórias, lembranças, carinho. Somos a mais vibrante torcida pelo sucesso uns dos outros e nos momentos difíceis estamos sempre juntos, nos apoiando mutuamente.
Mas nem sempre os irmãos podem estar presentes. Temos nossas vidas, estudos, empregos, cônjuges e filhos. Mudamos-nos de casa, bairro, cidade. Às vezes, até de país. E convivemos com outras pessoas que acabam por fazer parte da nossa vida, tornando-se nossos amigos. São nossos irmãos de alma, não de sangue. E aqui, não vou falar dos meus amigos, que são muitos e valorosos e que sabem o quanto eu os prezo e amo.
Vou falar de uma outra amizade, linda e perene.
Um fato corriqueiro me inspirou este texto: preciso aparar os cabelos. Sem tempo de ir ao salão, lembrei-me da tia Hermínia. Lembrei-me das vezes em que nos sentávamos sobre a mesa de refeições na casa de minha mãe, para que ela, com sua tesourinha, desse tratos à nossa cabeleira. Não. Tia Hermínia não é uma cabeleireira. É vizinha e amiga da minha mãe há quase quatro décadas. Ambas estavam aqui em Brasília com filhos e marido - o dela chama-se Hermínio e nada me tira da cabeça que o namoro começou pela coincidência dos nomes -, mas afastadas de suas famílias que haviam ficado no Rio. Inevitável que a amizade surgisse, florescesse. Uma amizade rica, em que uma sempre está a postos quando a outra precisa. Uma amizade bonita, com altos e baixos como qualquer outra - os baixos quase todos provocados pelo gênio da minha mãe (ainda bem que eu herdei o temperamento do papai) - mas que resiste ao tempo e às crises, sempre cada vez mais fortalecida. Uma amizade que justifica a definição de amigos do início do meu texto. As duas são irmãs de alma. Tanto que desde o início a chamamos de tia. Nossa querida tia Hermínia.
Escrevi este texto não como uma homenagem à tia Hermínia, embora ela mereça muitas, mas como uma celebração à amizade. A vida dessas duas mulheres poderia ter sido muito mais fácil se elas tivessem permanecido ao lado de suas famílias, mas, com toda a certeza, teria sido muito mais difícil se elas não tivessem se aceitado como a família uma da outra.
Especialmente nesta época de Natal e Ano Novo, celebremos, renovemos nossas amizades. Aquelas dadas por Deus quando nascemos. E aquelas que Deus nos dá depois.