Triste Natal
Hoje é véspera de natal, estamos no morro, onde mora Zequinha m
garoto de onze anos, alegre cheio de vida, apesar de ter uma vida
muito difícil, ele ajuda sua mãe, tem mais três irmão menores.
Seu pai está preso, já tem dois anos.
Sua mãe é diarista.
Depois da escola, todos os dias ele desce o morro para vender: balas
e doces juntamente com seu amigo e vizinho Francisco, o Kiko.
Eles vão juntos à escola, jogam bola, são inseparáveis. Só que hoje
Zequinha chegou mais cedo, do que de costume, sentou no barranco,
e de lá ele vê a cidade toda iluminada, seu olhos estão perdidos no
horizonte, ele não esconde sua ansiedade.
Kiko se aproxima e pergunta: - Você está triste, preocupado?
Zequinha responde: - Sim estou esperando pelo meu pai, que vai sair
da prisão e vem passar o natal aqui em casa.
Minha mãe vai fazer um almoço especial, já comprou tudo, lá em casa
o rango vai ser bom neste natal, também é aniversário do meu pai,
Dizendo isso ele viu um carro da policia, subindo o morro, ficou alegre
e saiu pulando e gritando: - Mãe o pai esta chegando.
Entretanto, só desceu um policial que deu a terrível noticia que seu
pai havia morrido durante uma rebelião.
Foi um choque, uma tristeza de dar dó, mãe e filhos, abraçados
choravam, sentindo uma grande dor.
Assim diante de tanta tristeza, ele teve o pior natal da sua vida.
Infelizmente Zequinha é só mais um entre milhares de garotos que
amadurecem da noite para o dia, vitimas da grande violência, que não
dá trégua nem na noite de natal.