TEMAS DA VIDA

Amor e morte são os os dois grandes temas da vida. O primeiro é o tema central de nossa vida. O segundo é visto, ou mal visto, como o tema final de nossa vida. O amor nos traz a este mundo. A morte nos leva. O amor é o começo de quase tudo. A morte é o final de uma etapa.

Nascemos pelo amor de alguém. Crescemos pelo amor de alguém. Vivemos sonhando com o amor. O amor rege nossa vida na sua quase totalidade. É o amor que nos faz idealizar algo ou alguma pessoa. O amor redime, por ser um sentimento associado ao perdão e a piedade. O amor salva, pois através dele, e por ele, somos levados ao extremo do sacrifício. Quem de nós pode dizer que nunca foi tocado pelo amor? Até mesmo o mais duro e cruel dos mortais, ama alguém ou alguma coisa. O maior criminoso sempre tem algum afeto ou apego. Pode ser outra pessoa, pode ser um animalzinho, pode ser uma lembrança. Pode ser até algo inanimado, que lhe faça amolecer o coração. Não existe nenhum coração totalmente vazio de amor. Mesmo que as aparências sugiram que sim. O amor é a mola-mestra da vida. Sem amor não existe vida. O amor da mãe que é capaz de morrer pelo filho. O amor de Deus que nos deu o seu Filho. O amor de Jesus que morreu por nós. Amor é um tema fácil de falar, de escrever, de sentir.

A morte, o segundo tema da vida, é menos falada, menos escrita, menos pensada. Entre nós, ocidentais, é vista como um tabu. Preferimos não falar nela, esquecer que ela é parte integrante da vida. Erguemos um muro entre os mortos e nós, para tentarmos nos afastar dela. Como se, não falando nela, pudéssemos evitá-la. Por que isso acontece? Porque o ocidental vê a morte como algo definitivo, injusto, separatista. Porque, na nossa limitada visão física, ela é responsável por fazer "desaparecer" de nosso convívio, o ser humano. Mesmo para aqueles que acreditam numa vida espiritual, é difícil de acostumar com a morte de um ser querido. Sem contar o fato de que, comumente, esquecemos que nosso corpo é finito. Fazemos planos mirabolantes para a vida, mas evitamos de nos preparar para a morte. Não queremos falar nela, pois, na nossa visão material, ela é cruel.

Joana de Angelis, através do médium Divaldo Franco, nos diz: "Vivendo, está-se desencarnando pouco a pouco. O golpe final resulta de todos esses pequenos morreres, que lançam a alma na realidade da consciência livre e indestrutível. Desencarnar é desembaraçar-se da carne".

Elisabeth Kübler-Ross, em seu livro A Roda da Vida, escreve: "O nascimento e a morte são experiências semelhantes: cada uma delas é o começo de uma viagem... A morte é a mais agradável das duas, muito mais pacífica... nosso mundo está cheio de nazistas, Aids, câncer e coisas assim".

Baseada nesses ensinamentos, concluo que não há nada garantido na vida, a não ser a morte. E que aqui estamos com uma só finalidade: aprender a amar. Quando aprendemos tudo o que temos que aprender, a vida termina. A vida física, naturalmente. Porque nosso espírito imortal, com certeza, vai alçar novos vôos rumo ao infinito...

Giustina
Enviado por Giustina em 05/12/2009
Reeditado em 14/02/2014
Código do texto: T1961008
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