ACEITAR É DIFÍCIL
.
Tenho que aceitar.
O quê?
Tudo. O novo como desafio. O fim do inventário.
A perda total da fazenda, do Catetinho e do Mondéos com sua água pura.
A Natureza, companheira dos meus últimos quarenta anos. As árvores que plantei.
As mudas que estão belas e que ia plantar.
As tulipas que estão crescendo e que não verei as flores.
Será que me conforta lembrar que vou ficar livre deste encargo de viver aquelas expectativas de TERRA + NATUREZA + MONDEOS + BELEZA + SABOR COM ALEGRIAS REALIZADAS E TRANSFORMADAS?
Que será um grande alívio que não verei nem conviverei mais com Rosa + Ana do Altivo + toda a parentada?
Será que conseguirei aceitar como aceitei perder o amor e a vida desfrutada com a Valeria, Gi e Marcelo?
Tudo isso não é parecido com a morte? A morte própria?
Ou pior é não ter sido amada e não ter amado um companheiro?
Ou não ter vivido plenamente meus setenta anos de vida?
Aceitar é difícil sim.
Mas eu tenho sabido aceitar todas as perdas que tenho tido.
Porque a herança parece e constitui, ainda às vésperas da Audiência Final, tão difícil de aceitar?
Também que me sobra?
A liberdade?
Esta também é difícil vivenciar, mas é a melhor coisa do mundo.
A solidão não me pesa. Ao contrário, é companheira.
É muito gostoso viver comigo mesma.
Mas uma tristeza resiste à minha sabedoria conquistada.
Perder a Fazenda, o lugar, o viver ali. Por quê? Por quê?
Porque esta incapacidade de entender esta perda como perda definitiva?
Que me prende ali que é tão importante, que não consigo perceber?
Porque está sendo difícil esta aceitação se já tive sucesso em tantas outras importantes, até muito mais?
Preciso lembrar que estou perdendo só um lugar lindo e bom.
Preciso lembrar que não estou perdendo nada de mim mesma.
Eu tenho a minha grandeza interior.
OBS: (Aceitei e decidi no dia12/12/05, SEGUNDA-FEIRA, Há quatro anos, e foi a melhor coisa que fiz.)
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Tenho que aceitar.
O quê?
Tudo. O novo como desafio. O fim do inventário.
A perda total da fazenda, do Catetinho e do Mondéos com sua água pura.
A Natureza, companheira dos meus últimos quarenta anos. As árvores que plantei.
As mudas que estão belas e que ia plantar.
As tulipas que estão crescendo e que não verei as flores.
Será que me conforta lembrar que vou ficar livre deste encargo de viver aquelas expectativas de TERRA + NATUREZA + MONDEOS + BELEZA + SABOR COM ALEGRIAS REALIZADAS E TRANSFORMADAS?
Que será um grande alívio que não verei nem conviverei mais com Rosa + Ana do Altivo + toda a parentada?
Será que conseguirei aceitar como aceitei perder o amor e a vida desfrutada com a Valeria, Gi e Marcelo?
Tudo isso não é parecido com a morte? A morte própria?
Ou pior é não ter sido amada e não ter amado um companheiro?
Ou não ter vivido plenamente meus setenta anos de vida?
Aceitar é difícil sim.
Mas eu tenho sabido aceitar todas as perdas que tenho tido.
Porque a herança parece e constitui, ainda às vésperas da Audiência Final, tão difícil de aceitar?
Também que me sobra?
A liberdade?
Esta também é difícil vivenciar, mas é a melhor coisa do mundo.
A solidão não me pesa. Ao contrário, é companheira.
É muito gostoso viver comigo mesma.
Mas uma tristeza resiste à minha sabedoria conquistada.
Perder a Fazenda, o lugar, o viver ali. Por quê? Por quê?
Porque esta incapacidade de entender esta perda como perda definitiva?
Que me prende ali que é tão importante, que não consigo perceber?
Porque está sendo difícil esta aceitação se já tive sucesso em tantas outras importantes, até muito mais?
Preciso lembrar que estou perdendo só um lugar lindo e bom.
Preciso lembrar que não estou perdendo nada de mim mesma.
Eu tenho a minha grandeza interior.
OBS: (Aceitei e decidi no dia12/12/05, SEGUNDA-FEIRA, Há quatro anos, e foi a melhor coisa que fiz.)