Poder do amor

Um famoso senhor, com poder de decisão, gritou com o diretor de sua empresa porque estava com ódio naquele momento. O diretor, chegando a casa, gritou com a esposa, acusando-a de gastar demais com as compras do mês no supermercado.

A esposa gritou com a empregada, por não estar economizando material de limpeza durante a faxina. A empregada, nervosa, ao retornar a casa, tropeçou em um cachorro e o chutou.

O cachorro saiu correndo e mordeu uma velhinha que ía passando pela rua, porque estava atrapalhando a saida pelo portão. Essa senhora foi à farmácia para tomar vacina e fazer um curativo, e gritou com o farmaceutico, porque a vacina doeu ao lhe ser aplicada.

O farmacêutico, chegando a casa, gritou com mãe, porque o jantar não estava do seu agrado. A mãe, tolerante, um manancial de amor e perdão, afagou-lhe os cabelos e beijou-o na testa, dizendo:

Filho querido, prometo-lhe que amanhã farei seu prato predileto. Você trabalha muito, está cansado e precisa descansar. Vou trocar os lençois da sua cama, pôr outros bem limpinhos e cheirosos para que você tenha uma boa noite de sono. Amanhã você irá se sentir bem melhor.

Abençoou-o e retirou-se, deixando-o sozinho com os seus pensamentos.

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Diante dessa história, ficamos a pensar, quantas vezes, dia após dia, nos deixamos envolver pela raiva e a descarregamos sobre aqueles que se atravessam em nosso caminho, sobre os que estão próximos de nós, e muitas vezes sobre as pessoas que amamos.

Acabamos participando de uma corrente de ódio que vai se estendendo e produzindo mal -estar, tristeza, mágoas e fazendo a infelicidade de muitos. E nós, tão pertubados ficamos que nem nos damos conta de que isso acontece conosco e com os demais.

Não está muito fácil viver hoje em dia. São tantos os problemas por que passamos atualmente, nesta sociedade com tanta gente junta, que os relacionamentos estão complicados, sentimo-nos incapazes de tal modo, que não temos mais capacidade para suportar qualquer tipo de contrariedade. As pessoas mais duras acabam colocando para fora os seus sentimentos de revolta e machucam as outras. As mais sensíveis, embora também revoltadas, se entregam à tristeza e à depressão. (...) No entanto, está em nossas mãos colocar um fim em tudo isso, quebrar a cadeia do ódio que nos amarra uns aos outros na infelicidade, e começar a fazer da vida um motivo de alegria e crescimento.

É preciso, então, cultivar bons sentimentos, que são como uma vacina contra todas as péstes da maldade que nos atormenta o coração. Todos nós sabemos bem quais são: a tolerancia,a paciência e o perdão. Assim, (...) se alguém, no dia de hoje, lhe dirigir uma ofensa, se não atender à sua necessidade, se lhe causar algum prejuizo, mesmo moral ou sentimental, não se permita dar continuidade a essa cadeia de ódio. Colabore com a sua paz para a paz mundial. Use do silêncio, da oração a Deus, e ofereça ao próximo um pouco de compreensão e tolerância, de paciencia e perdão. Experimente, e verá como isso é bom.

P.S. Este texto foi parcialmente retirado de uma mensagem radiofônica. Seu autor chama-se Donizete Pinheiro, e a copilação por nós levada a termo, teve a finalidade de contribuir para a serenidade e reflexão de quem por ventura vier a lê-lo.

Rio, 03/12/2009.

Rogerio.