O Flagrante das Câmeras
É público e notório que o autor de qualquer ilícito sempre vai negar a sua autoria. Sendo por meio de assinatura, vai dizer que é falsa, pelo que só uma perícia grafotécnica pode comprovar a sua exatidão. Nega-se também a autenticidade da voz, tendo-se de recorrer a exames periciais para a constatação da veracidade ou não. Difícil mesmo é negar a própria imagem quando flagrada pelas câmeras. Ainda assim, ouvimos alegações de que pode ter havido “truncamento” ou montagem maldosa para envolver alguém em determinados escândalos.
Os fatos recentes envolvendo autoridades políticas de Brasília nos levam a crer que as imagens são verdadeiras e que realmente todas elas são frutos da mais escabrosa corrupção de quem deveria zelar pela probidade administrava do bem público. Ali estão ocupando cargos não por terem sido aprovados em concursos, mas por terem sido eleitos com o voto dos seus eleitores para representá-los dignamente e não os traindo com tais escândalos que afrontam a boa fé dos homens de bem.
Se o nosso voto representa uma procuração para que eles exerçam um determinado poder, cabe-nos cassar essa procuração se houve desvirtuamento da outorga. Não aceitamos a pecha de idiotas e imbecis, que aceitam passivamente essa ladroeira. Enquanto isso, para os engravatados, os chamados colarinhos brancos, aplicam-lhes o eufemismo improbidade, desvio de conduta, quando na verdade o verdadeiro significado é LADRÃO mesmo. Uma réplica do conhecido mensalão, com dinheiro nas cuecas e nas meias, com a esfarrapada desculpa de que se trata de uma medida de segurança. Com um avançado sistema financeiro de que dispomos hoje, contando com toda capacidade tecnológica para as mais diferentes transações bancárias, fica difícil acreditar na necessidade de portar volumosas quantias em espécie. Só mesmo os idiotas e imbecis podem acreditar que não se trata de um dinheiro ilícito, fruto do que só podemos classificar como ROUBO. Chega de eufemismo