A SEGUNDA CHANCE DO "CARA!"
A SEGUNDA CHANCE DO “CARA!”
Num curto espaço de tempo, a história, deu ao “cara” a segunda grande chance dele ficar calado e não fazer qualquer comentário. Mas, assim como o espírito é mais ágil que a mente e esta, infelizmente, às vezes, mais lenta que a língua, ele não resistiu e “mandou ver!”
Haja pérolas!
A primeira?!
Ah! desculpe, quase ia me esquecendo!
A primeira grande chance, foi quando ele para defender o presidente do Senado, tentou minimizar a coisa, dizendo que “uma coisa é fazer lobby, outra coisa é roubar banco (ou algo assim, tanto faz), ou roubar algo de menor valor, etc!” O que em outras palavras, queria dizer, que jamais poderia ser caracterizado como crime aos olhos do presidente, qualquer ato ilícito praticado por alguém de “tão alta” magnitude como seu amigo!
Fato é que, no intuito de defender, acabou mais ainda incriminando!
Não é segredo para ninguém, ele mesmo o disse, que quando vai ler alguma coisa dá sono pesado, se não o desse (o tal sono pesado), ficaria chocado com o relatado pelo espetacular Cronista Pe. ANTONIO VIEIRA, em sua Crônica intitulada: LADRÕES. Para dirimir dúvidas sobre a minha imparcialidade e transcrição, tão somente, cito o clérigo:
“Navegava Alexandre pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido a sua presença um pirata que por ali andava roubando os pescadores repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém, o pirata retrucou, basta senhor, que eu porque roubo em uma barca sou ladrão, e vós porque roubais em uma armada sois imperador? Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza. O roubar com pouco poder faz os piratas, com muito, os Alexandres. Mas, Sêneca (Lucio Anneo Sêneca), que sabia bem distinguir e interpretar as significações, a uns e outros definiu com o mesmo nome: ‘Eodem loco ponem latronem, et piratam quo regem animus latronis et piratae habentem’ Se o rei da Macedônia, ou de qualquer outro país, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei; todos têm o mesmo lugar e merecem o mesmo nome!”
Se o “cara” não tivesse sono tão pesado ao lidar com a literatura, procuraria medir melhor suas palavras antes de emitir semelhantes comentários. Ao final, todo mundo acha engraçadinho...
A pergunta que se faz é, principalmente: onde necessariamente o “cara” percebeu não haver necessidade de se preocupar tão avidamente com a ética e com a população em geral?!
Será ter sido ainda à época em que era sindicalista?
Ou será depois de ter sentado naquela cadeira confortável de presidente, a qual, inexplicavelmente causa aminésia instantânea a todos pretensos idealistas?
Por que o presidente sente tanta revolta, quando “ladrões” são pegos enfiado dinheiro nas cuecas, nas meias, nos forros dos paletós?!
A impressão que dá é que fica possesso!
...Um pedófilo é preso em flagrante, a sociedade se mobiliza, a lei cuida de penalizá-lo o quanto o antes, a justiça define sua pena, etc, você ousa dizer que as imagens do ato não querem dizer absolutamente nada?!
O “cara” que me perdoe, mas já do seu primeiro mandato, não era para ter passado e todo mundo sabe porque...
Eis o porque de sua raiva, contra revolta da mobilização pública, em busca da punição dos criminosos, vulgarmente conhecidos, como os “de colarinho branco”, termo muito usado no passado, mas, infelizmente, cada vez mais atualizado no presente.