Prêmio Nobilis em Gramado

Pasquim Sul: Cá estamos sentados no Bar do Jacó. Os comentários correm sobre a difícil tarefa de provar ao jornalismo regional a importância do quadrinho, do cartum e da charge aos cabeçudos da imprensa massuda. Acusação: vocês grafistas querem transformar qualquer jornal em pasquim. A resposta: Jornal sem pasquim é como faculdade sem sexo. Está aí o caso para espanto dessa pobre moça com saia sumária, trescalando vaidade; tendo que ser salva por militares denodados. A falta de pasquim é como minissaia surrada por uivos reprimidos.

A grande imprensa gaúcha precisa ser punida pelo descaso aos gênios. Na verdade ninguém hoje em dia gosta de gênio. A depreciação ganha terreno confundindo o sensacional com vulgaridade. Assim liquida-se valores exaurindo brilho na quantidade disponível. Essa fragmentação injusta se esconde atrás da liberdade contra o preconceito. Entra na luta, mas age paralelamente de modo excludente. A imprensa omite a genialidade gráfica dos grandes grafistas. Por essas e outras estou conferindo um "prêmio imaginário" aos geniais grafistas como o Santiago, Edgar, Bier, Jaca, Corvo, Juska, Moa, Rodrigo Rosa e tantos outros. Todos merecedores de Prêmio Nobilis em Gramado.

Sério. Deviam ser impressos até em pergaminho japonês.