Crônica da esquina...
Um vulto...Um falso retrato... o vento, no asfalto qualquer...?
Ela anda, em sandálias de prata... Em gosto de sonho... Em pedaços... Tamanhos!
Iludindo-se... Pensando ter o que nem consegue segurar... O manto de outra qualquer.
Olha o mundo com os seus olhos de vingança... Com curvas tortas... Com moldes do egoísmo de uma criança...
Olhei-a... Fito-a, nas linhas que direciono... Ainda não entendeu que somos de diferentes tamanhos... Nós... Humanos.
Acredita-se ter a posse das palavras... Das salivas que escorrem pelas faces alinhadas... Alinhavadas pelo medo...
A criatura... O criador... Ambos os sexos... Segura nas mãos que não lhe cantam...
O olhar diz muito... Encontrar-se, em outros cômodos, será necessário...
Abrimos as portas... As janelas... Que entre todos os ares.
O fel da maldade... Um lado podre da sociedade.
Rebuscada pelos adornos de uma ambição... Ser!... Apenas ser...
e qual seria o problema maior?... Nenhum. O mundo é gigante... Há espaço para todos nós...
O universo caminha... As pessoas correm... O tempo para.
E... Com suas sandálias de prata... Sabe que o primeiro passo já foi dado... Encontrar-se de fato.
Que voltem as regalias... Que esse mundo vire uma pizza... Mas, não adornes a covardia... As palavras devem ser ditas.
Oportunizar o respeito alheio... Acostumar-se com diversos medos...
"Lançar-se à rua... Não ser de ninguém, apenas sua?!... Que horror!!"
Quem ouve?... A esquina ou a curva?...
Quem dita? ...O ser humano ou a chuva?...
Barracos... Barrancos... Escuridão... Arrastão...
Febre... Fome... Fatos e Fotos... Podridão.
E, nos planos altos, as sandálias do mesmo chão?... Não! É a "Senhora" Corrupção...
Ah! Tão cruel com a pobre cidadã... Tão voraz com o cuspe na calçada...
Apagaram-se os cigarros... Ficaram as folhas copiadas de outras estradas...
E o vento sopra outro mar de hipocrisia... Que não se percam as digitais... A moça da calçada, que se enrole nas línguas de todos os corvos?...
Afinal... O mundo é perfeito... Cada um tem o seu direito de permear o do outro... A moça julgada.... Aos podres, sorrisos...
Que belos fatos sopraremos aos nossos netos... Nesse país que sempre os netos é que terão sossego... (Só cego!)
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