EGO - O CARCEREIRO DA ALMA
Ah, bichinho maroto é esse tal de ego que criei para passear por essa dimensão do rosto. Servo do Dono da Matéria; ele se acha o patrão e vai cada vez mais se apegando a ilusão, acha que o que sabe é a única coisa séria, e segue tentando me e se convencer que nada existe além das terras dessa manifestação.
Ó bichinho medroso que teme acabar, que morre de medo de morrer, de não continuar depois do " sei lá pra lá do corpo". Tolinho, nem desconfia que ele é parte do todo do qual sou parte e que após as aventuras desse plano, se ampliará e se transformará em algo maior e melhor; sem deixar de ser um, mas ao mesmo tempo sendo todos.
Como convencer esse menino da caverna da carne que ele deve desistir dessa luta insana de continuar imaginando que é o único soberano da vida? Que ao manter o brilho da alma encarcerado, ele está apenas adiando o inevitável despertar da consciência?
Como explicar para esse rapaz inseguro que há coisas além daquilo que pode se apreendido pelos sentidos? Como descrever que somos centelhas divinas, cuja vibração de luz está apenas momentaneamente desacelerada para que possamos estar na Terra das estrelas esquecidas e apagadas?
Dá até vontade de desistir desse mecanismo que criamos para navegar nessa dimensão da dualidade, mas o ego é importante para transmutarmos a negatividade e reconciliar as partes desse Grande Plano que é ser um e ser muitos.
Tentar exterminar o ego é luta tão insana quanto a jornada do ego em provar que não há chama espiritual.
Acabar essa guerra inútil é uma passo pequeno para o homem, mas um pulo gigante para a alma.
Por isso, vou cuidar melhor desse moleque, que birrento agride e maldiz, mas só o faz, pois se esqueceu que ser feliz é se libertar desses conflitos que só produzem frutos estragados e corroídos, sem o sumo do ficar leve para voar pelo céu do seja lá o que eu me tornar, eu virei a ser, sem resistir, pois se tudo é luz, luz até o ego será.