"Tá lá um corpo estendido no chão"
“Tá um corpo estendido no chão”
29/11/2009
Tem certos assuntos que às vezes nos obriga a uma reflexão mais profunda, mais analítica.
Aqui no meu canto, tendo ao fundo o meu inseparável rádio em AM, roubo alguns minutos do meu tempo para refletir sobre a Violência Doméstica, objeto de muitos estudos, “moda”, principalmente quando o assunto é comentado em âmbito nacional, envolvendo, entre “aspas”, alguma celebridade.
E que após algum tempo de debates e supostas soluções,
acaba voltando a mesmice...
No dia a dia de um cidadão comum, a vida é dura.
Tem horário prá tudo:
Pra levantar, prá ir ao banheiro, trabalhar, almoçar, estudar, beber, etcetera e tal...
Mas nem sempre todos levam a sério esta rotina, alguns, para variar, extrapolam seus limites, chegando ao ápice da violência...
A violência urbana cresce em ritmo desenfreado, colocando o cidadão de sobreaviso, em constante alerta.
Paralelamente a esta violência, outro tipo de violência surge e vai, aos poucos, tomando espaço nesta sociedade consumista.
Homens embriagados ou não, são presença insubstituíveis em rodas de amigos, “buteco”, onde “rola” de tudo - bebidas, mulheres e “outras cositas mas”,
e é aí que mora o perigo.
Submisso, cordeiro, para os “amigos”, somente para os amigos, em casa se transformam, viram “machos”, espancam suas companheiras, estupram seus filhos ou filhas e acabam achando tudo isso “NORMAL”.
Santo Deus! Que mundo é esse?
Quantas vezes em nossa coluna denunciamos estes valentões de ara-que, que aproveitam da submissão de suas mulheres para cantar de galo no terreiro. Aliás é somente nestes casos que são “os bons”.
Quantas vezes “cantamos” que este ou aquele caso necessitava de um acompanhamento mais sério, independente se haveria representação ou não.
Muitas mulheres, mesmo feridas física e intimamente se calam com medo de represália...
A maioria, de poder aquisitivo baixo; de pouca formação cultural, beirando o analfabeto, se calam...
Apanham... Apanham... Apanham!
E depois?
Ora, depois fica tudo como sempre esteve; elas voltam para casa, com vergonha da vizinhança e se submete a tudo novamente...
Não quero dizer com isso que somente as mulheres esclarecidas, agem assim... As cultas, formadas, também se ressentem, se amedrontam diante da verdade de se verem vítima de violência doméstica.
O medo, o instinto maternal de proteção aos filhos, a falta de um teto, orientação psicológica, social, a faz erguer a cabeça novamente e dar continuidade no seu dia a dia, independente ou não se existem seqüelas.
“Tá lá um corpo estendido no chão”.
Poderia ter sido evitado, mas não. “Ignorou-se a ignorância” da vítima e outra mulher é espaçada até morte.
Deu no que deu!
E olhem que a Lei “Maria da Penha” já entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006, e muitos de valentões já estão sentindo os rigores da lei, mas ainda é pouco, pois “por muito pouco”, muitas mulheres ainda estão sofrendo toda uma sorte de violência que vai desde a humilhação, até a agressão física.
Como eu, conclamo a todos a uma reflexão profunda e juntos, talvez encontremos uma solução, evitando com isso que outras crônicas como desse tipo aconteça... Que amanhã esta coluna não venha com a mesma e já conhecida manchete:
“Tá lá um corpo estendido no chão”.
“Tá um corpo estendido no chão”
29/11/2009
Tem certos assuntos que às vezes nos obriga a uma reflexão mais profunda, mais analítica.
Aqui no meu canto, tendo ao fundo o meu inseparável rádio em AM, roubo alguns minutos do meu tempo para refletir sobre a Violência Doméstica, objeto de muitos estudos, “moda”, principalmente quando o assunto é comentado em âmbito nacional, envolvendo, entre “aspas”, alguma celebridade.
E que após algum tempo de debates e supostas soluções,
acaba voltando a mesmice...
No dia a dia de um cidadão comum, a vida é dura.
Tem horário prá tudo:
Pra levantar, prá ir ao banheiro, trabalhar, almoçar, estudar, beber, etcetera e tal...
Mas nem sempre todos levam a sério esta rotina, alguns, para variar, extrapolam seus limites, chegando ao ápice da violência...
A violência urbana cresce em ritmo desenfreado, colocando o cidadão de sobreaviso, em constante alerta.
Paralelamente a esta violência, outro tipo de violência surge e vai, aos poucos, tomando espaço nesta sociedade consumista.
Homens embriagados ou não, são presença insubstituíveis em rodas de amigos, “buteco”, onde “rola” de tudo - bebidas, mulheres e “outras cositas mas”,
e é aí que mora o perigo.
Submisso, cordeiro, para os “amigos”, somente para os amigos, em casa se transformam, viram “machos”, espancam suas companheiras, estupram seus filhos ou filhas e acabam achando tudo isso “NORMAL”.
Santo Deus! Que mundo é esse?
Quantas vezes em nossa coluna denunciamos estes valentões de ara-que, que aproveitam da submissão de suas mulheres para cantar de galo no terreiro. Aliás é somente nestes casos que são “os bons”.
Quantas vezes “cantamos” que este ou aquele caso necessitava de um acompanhamento mais sério, independente se haveria representação ou não.
Muitas mulheres, mesmo feridas física e intimamente se calam com medo de represália...
A maioria, de poder aquisitivo baixo; de pouca formação cultural, beirando o analfabeto, se calam...
Apanham... Apanham... Apanham!
E depois?
Ora, depois fica tudo como sempre esteve; elas voltam para casa, com vergonha da vizinhança e se submete a tudo novamente...
Não quero dizer com isso que somente as mulheres esclarecidas, agem assim... As cultas, formadas, também se ressentem, se amedrontam diante da verdade de se verem vítima de violência doméstica.
O medo, o instinto maternal de proteção aos filhos, a falta de um teto, orientação psicológica, social, a faz erguer a cabeça novamente e dar continuidade no seu dia a dia, independente ou não se existem seqüelas.
“Tá lá um corpo estendido no chão”.
Poderia ter sido evitado, mas não. “Ignorou-se a ignorância” da vítima e outra mulher é espaçada até morte.
Deu no que deu!
E olhem que a Lei “Maria da Penha” já entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006, e muitos de valentões já estão sentindo os rigores da lei, mas ainda é pouco, pois “por muito pouco”, muitas mulheres ainda estão sofrendo toda uma sorte de violência que vai desde a humilhação, até a agressão física.
Como eu, conclamo a todos a uma reflexão profunda e juntos, talvez encontremos uma solução, evitando com isso que outras crônicas como desse tipo aconteça... Que amanhã esta coluna não venha com a mesma e já conhecida manchete:
“Tá lá um corpo estendido no chão”.