Já tive medo de virar tamanduá...
Crianças de hoje não acreditam nas histórias infantis ou fábulas - que leem apenas por diversão ou prazer - simplesmente porque a TV ou a Internet já lhes engoliu a inocente credulidade.
Quando menino, eu frequentava de vez em quando as reuniões dominicais do SESI, em São Luís, onde se destribuía à meninada uma revista quinzenal de nome Sesinho. A revista trazia historinhas divertidas, quase fábulas, mas que visavam acima de tudo coibir vícios ou desvios de comportamento das crianças.
Eu lia aquelas histórias bem compenetrado de que tudo que estava ali escrito era a mais pura verdade. Na minha inocência de criança como acreditar que adultos escrevessem histórias mentirosas? Ainda bem, pois esse meu entendimento acabou com a preguiça que eu tinha de escovar os dentes.
Uma das edições de Sesinho trazia uma história em quadrinhos de um menino que, apesar das constantes advertências dos pais, não vencia a preguiça de escovar os dentes. Por causa disso, seus dentes foram crescendo, deformaram-se, tornaram-se um bico fino e comprido, e o menino transformou-se num tamanduá.
A imagem do menino - agora tamanduá - triste, aspirando formigas (sim, porque todo tamanduá é banguela, não come, suga o alimento) do chão me horrorizou por uma óbvia razão: eu era um preguiçoso de carteirinha para escovar os dentes!
E para espanto da minha mãe, que já me tinha prometido surras de criar bicho caso eu não desse um fim nesse meu mau hábito, - inúteis ameaças, pois a minha preguiça era maior que o meu medo das surras - eu passei a ser o primeiro dos filhos a procurar a escova e a pasta todas as manhãs!
Ah, que saudades tenho daquela mente que corrigiu um defeito por medo de virar tamanduá !...
Crianças de hoje não acreditam nas histórias infantis ou fábulas - que leem apenas por diversão ou prazer - simplesmente porque a TV ou a Internet já lhes engoliu a inocente credulidade.
Quando menino, eu frequentava de vez em quando as reuniões dominicais do SESI, em São Luís, onde se destribuía à meninada uma revista quinzenal de nome Sesinho. A revista trazia historinhas divertidas, quase fábulas, mas que visavam acima de tudo coibir vícios ou desvios de comportamento das crianças.
Eu lia aquelas histórias bem compenetrado de que tudo que estava ali escrito era a mais pura verdade. Na minha inocência de criança como acreditar que adultos escrevessem histórias mentirosas? Ainda bem, pois esse meu entendimento acabou com a preguiça que eu tinha de escovar os dentes.
Uma das edições de Sesinho trazia uma história em quadrinhos de um menino que, apesar das constantes advertências dos pais, não vencia a preguiça de escovar os dentes. Por causa disso, seus dentes foram crescendo, deformaram-se, tornaram-se um bico fino e comprido, e o menino transformou-se num tamanduá.
A imagem do menino - agora tamanduá - triste, aspirando formigas (sim, porque todo tamanduá é banguela, não come, suga o alimento) do chão me horrorizou por uma óbvia razão: eu era um preguiçoso de carteirinha para escovar os dentes!
E para espanto da minha mãe, que já me tinha prometido surras de criar bicho caso eu não desse um fim nesse meu mau hábito, - inúteis ameaças, pois a minha preguiça era maior que o meu medo das surras - eu passei a ser o primeiro dos filhos a procurar a escova e a pasta todas as manhãs!
Ah, que saudades tenho daquela mente que corrigiu um defeito por medo de virar tamanduá !...