CIDADE MARAVILHOSA

Os acontecimentos ocorridos em outubro no Rio de Janeiro, mostram claramente a dificuldade que o Estado enfrenta quanto a segurança. O Estado, que sediará as Olimpíadas de 2016, tem um longo caminho a percorrer para fazer do Rio uma cidade segura. Os níveis de criminalidade ligados ao narcotráfico desabonam o Rio a nível nacional e internacional. O mundo inteiro está desde já com os olhos voltados para a cidade. Os fatos ocorridos foram noticiados em todas as emissoras dos outros países. E fica a pergunta: será possível a cidade sediar as Olimpíadas? A Olimpíada não estará comprometida desde já? O perigo diário que ronda as favelas do Rio não espantará os turistas? As famílias brasileiras, conhecedoras mais de perto do problema, irão ao Rio?

A Revista Veja diz que "a dimensão do problema é abismal". Que das 1020 favelas, 470 estão nas mãos dos traficantes. Que na cidade são vendidas 20 toneladas de cocaína por ano, rendendo 300 milhões de reais que financiam o armamento para as quadrilhas. Que o armamento pesado em poder dos bandidos demonstra a conivência com a polícia carioca. Pois, segundo a Revista, se não fosse assim, como essas armas chegaram até as favelas e porque ainda estão ali? Diz ainda que a polícia do Rio é considerada uma das mais corruptas do País e isso ficou flagrante nos acontecimentos dos últimos meses. Que crimes varridos para "debaixo do tapete", deixam claro a participação de policiais junto aos traficantes. Alguns pontos cruciais foram levantados pela Revista Veja:

1- O usuário de cocaína financia armas para os traficantes.

2- Os traficantes são valorizados entre grupos de intelectuais, celebridades e até jogadores de futebol.

3- As favelas, convertidas em currais eleitorais, beneficiam os políticos. Os bandidos são cabos eleitorais de alguns políticos.

4- Os aglomerados são esconderijo ideal para os bandidos.

5- A corrupção da polícia dificulta a prisão e o desarmamento dos traficantes.

6- Os bandidos usam a população como escudo. Quando um morador morre vítima de um confronto, o bandido vence a guerra da propaganda.

7- A extensão das fronteiras e a falta de fiscalização favorecem a entrada da droga, oriunda dos países maiores produtores, como a Bolívia, o Peru e a Venezuela.

8- Os bandidos comandam o crime de dentro das cadeias. Os familiares dos presos pagam para a organização criminosa.

9- Os advogados dos presos são agentes do tráfico: tendo entrada livre levam ordens e planos de ataque para os traficantes, nas favelas.

O Rio sempre foi a "menina propaganda" do Brasil no exterior. Desde os tempos do Império, depois na República, como capital do País, a cidade foi sendo conhecida a nível internacional. As belezas naturais da cidade são o cartão postal do Brasil. A "Garota de Ipanema" viajou o mundo com Tom Jobim e foi cantada em vários idiomas.

O Rio não pertence só aos cariocas. O Rio é nosso. Todo brasileiro ama o Rio de Janeiro. Seus limites são maiores do que sua geografia. O Pão de Açúcar, o Corcovado, a baia da Guanabara são desenhados por qualquer criança, porque suas belezas são unanimidade nacional. E por amarmos tanto essa cidade encantadora e receptiva, é que sofremos ao assistir esses acontecimentos nefastos, que escurecem o céu da cidade maravilhosa. E por amarmos é que queremos a harmonia no Rio, o fim do tráfico, da corrupção. Queremos mais rigor nos presídios, mais segurança nas ruas, leis mais severas. Queremos que as pessoas de bem, moradoras das favelas, tenham liberdade de ir e vir, que seus filhos não sejam vítimas de uma bala perdida. Queremos policiais conscientes e bandidos banidos da sociedade. Queremos fazer bonito não só em 2016. Queremos fazer bonito desde já. Queremos paz!

Pode parecer "viagem" de pseudo-escritora... pode parecer utópico esses meus "quereres". Mas eu desejo, do âmago da minha alma, que o Cristo Redentor não seja apenas uma imagem. Eu desejo que a LUZ do verdadeiro CRISTO UNIVERSAL se espalhe sobre o Rio de Janeiro, iluminando espiritualmente a "Cidade Maravilhosa"!

Giustina
Enviado por Giustina em 28/11/2009
Reeditado em 06/01/2014
Código do texto: T1948193
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