O CANTO DA SEREIA - II
Alexandre de Oliveira
 
N
a verdade temos amigos que mesmo quando se encontra presente sentimos o quanto o mesmo nos faz falta, e às vezes a falta é tão grande que nem sequer sabemos como dar seguimento a alguma das tantas coisas que existe nesta vida, ao que temos por dever e por direito dar seguimento a tal trabalho, que mesmo que o nosso barco de repente esteja sem rumo, pedimos que este nos dê uma mãozinha. Cara é desse jeito que começo aqui a falar de um amigo que sem este nada seguia e se por acaso desse um passo logo a frente parava, estancava como quem nunca na vida existiu, como por acaso fosse um carro velho que este lá nos idos de setenta ou oitenta este mesmo tinha, uma Belina ano setenta e oito de cor branca.

É realmente incrível quando conhecemos pessoas assim, eles traçam nossos rumos no quesito organização. Pois nenhuma sociedade de bem sem este desanda, não dar seguimento ao rumo traçado. Portanto, é deste amigo que bem comento, o cara tinha todos em sua mão. Um comandante como dantes ninguém viu. Não sei dizer se era o seu jeito de ser, ou qualquer outro tipo de organizar, comandar um grupo, ou se pelo simples fato dele agradecer aos seus comandados, enquanto ele apenas citava uma única frase:

_ Vamos lá tomar uma cara!...

Essa frase era porque não o xis da questão. Não tinha outro que mudasse a relação que este amigo conosco tinha, a afinidade proporcionada para com tantos. Ele, todavia dava oportunidade para aqueles que supostamente poderiam nos guiar, mas sinceramente jamais deu para entender o porquê de outro não conseguir dar seguimento o que este amigo um dia para sempre deixou.

Hoje seus comandados já se encontram barrigudos, verdadeiramente relaxados e por que não com os pés no chão, e numa rede a balançar sentindo porque não a brisa do mar lhes tocar , recordando Altimar. Porém uma saudade de repente ainda chega quando por bem pega carona numa lembrança ou numa recordação. Já não ouvimos o canto da sereia se quando esse nos chamava pra tomar uma.

_ Vamos gente, que moleza é essa? Vamos comemorar, vamos lá pro bar tomar uma cara!
E sendo assim depois do nosso bendito trabalho, lá íamos, saiamos na maior, atrás daquele velho comandante a destrinchar mares por este mesmo tantas vezes imaginado.