O mestre-cuca
Valha-lhe tanta lata, pano e sujeira por cima da pia, a torneira goteando barulho no canecão raspado de cocolate e o primogênio lambendo as pontas dos dedos melados. Pega uma esponja de ter gente e lustra a mão chupada para o toque final. Desarrolha o asa-frão e sal pica por cima, deitando finalmente uma folha de ex-pinafre para decorar. Bate a canela emputecido, levando a mão à colomba percebe que ainda não tem peros. Desengaveta três tubos tristes de três troços torvos, dez peja numa tigela, a massa e soca tudo com o pilão.
Chegam-lhe seu Bôla e seu Noura, o Grão-nulado e a alfofa na morada e se apressa ao prato quente, pondo lá o coração. Côa a lhada ante o pasto e assaí dois quilos de picanha, pousando os bifes em fôrma, um a um. Corre à louça baratonteado, os pingos de vapor ex-correndo, quando lhe chega o brigadeiro com a sua redondice. Volta estressado para as pás nelas no fogo e quis tutes para dar de distração, enquanto ainda serve frango ao passarinho. Passa o galão com a vassoura e lhe corrompe com um milhão em espécie, atirando dali para a janela, donde vê a empregada lambelamber a colher de madeira e detesta que ela ameixa nas suas coisas.
Vai e volta com o fígado na boca e, espumando maus bofes, enxovalha a indiota da cozinha, as travessas a sala de se estar e se achega pilotando o fogão, aos borbulhos dos cremes de molho. Nestas horas se zanzeia, vertiginando nauseabundo por entre o corredor que chegava do cooper feito. Vão-se os dois num tômbolo espetaculoso, levando o cenáculo de travessado, rastando toalhas, quebrando as vasias e descendo tudo ao chão num ex-trondo em surdo desse dor. Vieram todos ali para ver que receita era aquela e no com senso acabaram no resta o rante.