Jurupitanga e Siberíades, uma saga para contar (O Petróleo é de quem?)
Pelo ar dos terminativos, fica fácil descobrir onde se passa este contexto, ao menos, não seria no Sul/Gaúcho de bombachas e pelegos, com sobrenomes europeus que esta se faria contar, se bem, que após a corrida do ouro do café do açúcar, a tal corrida do petróleo, leva brasileiros de norte a sul e leste a oeste por esta federação afora, a fincar bandeiras de todas as regionalidades, para se ter uma noção do grau de evolução dos migrantes, lugar que ontem era distrito, virou município, e aonde ônibus não chegava, agora sai até avião. Intrépidos, como todos na busca do emprego e de um lugar ao sol, foi assim que os tais com seus devidos registros públicos lá de cima, se afoitaram Estado adentro, o local, meio que pelo meio, mais que para o canto que para lado, e já quando não se via mais asfalto ou rua calçada com paralelepípedos, que deixaram as mochilas escorregar pelos ombros cansados e as pernas bambas de tanto marchar, uma marcha mais cruel que os que lá pelas Duas Grandes Guerras se fizeram partir, já que o propósito aqui era o mesmo que o de lá, “sobrevivência”. Mas, enfim, uma batalha foi vencida, e ai vem a decepção, já que quando puseram suas pupilas estateladas a vislumbrar uma oportunidade, depois de uma ajuda para definir as letras não conhecidas dentre as 26 que eles sabiam, não se atentaram, que faltava um pouco de muito, que muito mais que o conhecimento lhe abriria a oportunidade, e falo do “estudo” da “formação”, e sem estes ditos, o certame se faz perdido, e o caminho é o mesmo de muitos que por lá chegam, mendigar onde o Petróleo prospera e jorra divisas, mas falta muito mais que o Federal quer fazer, falta amor ao próximo e vontade de fazer por estes.
Onofre Junior – Um sonhador