FLORES NA JANELA
Sonho incrível e bobo, eu, mais que ninguém, estava empenhada em fazer uma fila de fantasiados irreconhecíveis e escandalosos, inclusive eu mesma, quase um compromisso com algum fim que eu não sabia, era para tapear alguma finalidade, e tinha que correr a tempo de chegar, se não me engana ao aeroporto, antes que certo alguém não sabido iria estar lá, talvez para uma viagem. Sentido não havia. Mas o meu empenho era enorme e buscava todas as forças.
A fila era grande, quase intransponível e, tínhamos que tomar uma condução popular, um bonde ou um ônibus, um furar-a-fila de outros, aquilo tudo era urgentíssimo. Ao mesmo tempo eu lutava com minha criatividade a mil, e a dificuldade de recursos imediatos de me fantasiar e de ajudar os companheiros a terem sucesso nas suas transformações. eu percebia que não ia dar tempo de chegar lá, mas eu sentia também que ia conseguir sim.
Eu queria virar o avesso das vestes para fora e para outro uso, bem escandaloso, mas as faixas de amarrar desamarravam, tinha que usar outros recursos, oh! Que agonia!
Eu sentia que, mesmo no absurdo da situação, eu conseguiria atingir o objetivo; eu nem tomava consciência do objetivo, mas sentia, que por mais absurdo que fosse eu chegaria, eu ia conseguir.
Despertei desse sonho fantasioso, com as vestes diversas raspando em minha cabeça e braços. A realidade estava aqui, o remédio, o café, o dia, e mesmo acordada, os vestígios do sonho me eram quase tão fortes que ver o dia na sua claridade pela janela.
Sim, flores na janela, e diversas em seu esplendor próprio.
Fui logo regá-las, antes que o sol as alcance, para receberem esse tratamento do seu alimento diário e essencial que, afinal, está lhes dando a possibilidade de exporem sua beleza.
Agora vim aqui para conferir-me.
Porque faço essas coisas?
Por que caminho você percorre?
O que sei de mim?
Quanto mais acho que me conheço, eu me desconheço mais, muito mais.
Cerro os olhos, cruzo as mãos na nuca e paro de escrever, para me dar conta de mim, como se eu vá encontrar uma resposta a uma pergunta que não sei e que não foi feita.
Volto: minha alma amiga, você está aqui comigo?
Hoje não quero nada, as flores na janela sabem dizer mais que eu.
Eu não sei dizer.
E não sinto.
Sonho incrível e bobo, eu, mais que ninguém, estava empenhada em fazer uma fila de fantasiados irreconhecíveis e escandalosos, inclusive eu mesma, quase um compromisso com algum fim que eu não sabia, era para tapear alguma finalidade, e tinha que correr a tempo de chegar, se não me engana ao aeroporto, antes que certo alguém não sabido iria estar lá, talvez para uma viagem. Sentido não havia. Mas o meu empenho era enorme e buscava todas as forças.
A fila era grande, quase intransponível e, tínhamos que tomar uma condução popular, um bonde ou um ônibus, um furar-a-fila de outros, aquilo tudo era urgentíssimo. Ao mesmo tempo eu lutava com minha criatividade a mil, e a dificuldade de recursos imediatos de me fantasiar e de ajudar os companheiros a terem sucesso nas suas transformações. eu percebia que não ia dar tempo de chegar lá, mas eu sentia também que ia conseguir sim.
Eu queria virar o avesso das vestes para fora e para outro uso, bem escandaloso, mas as faixas de amarrar desamarravam, tinha que usar outros recursos, oh! Que agonia!
Eu sentia que, mesmo no absurdo da situação, eu conseguiria atingir o objetivo; eu nem tomava consciência do objetivo, mas sentia, que por mais absurdo que fosse eu chegaria, eu ia conseguir.
Despertei desse sonho fantasioso, com as vestes diversas raspando em minha cabeça e braços. A realidade estava aqui, o remédio, o café, o dia, e mesmo acordada, os vestígios do sonho me eram quase tão fortes que ver o dia na sua claridade pela janela.
Sim, flores na janela, e diversas em seu esplendor próprio.
Fui logo regá-las, antes que o sol as alcance, para receberem esse tratamento do seu alimento diário e essencial que, afinal, está lhes dando a possibilidade de exporem sua beleza.
Agora vim aqui para conferir-me.
Porque faço essas coisas?
Por que caminho você percorre?
O que sei de mim?
Quanto mais acho que me conheço, eu me desconheço mais, muito mais.
Cerro os olhos, cruzo as mãos na nuca e paro de escrever, para me dar conta de mim, como se eu vá encontrar uma resposta a uma pergunta que não sei e que não foi feita.
Volto: minha alma amiga, você está aqui comigo?
Hoje não quero nada, as flores na janela sabem dizer mais que eu.
Eu não sei dizer.
E não sinto.