O amor das "loucas"

A maneira única, ilimitada, de amar de uma mulher passional, a quela que ê estigmatizada com o rotulo de "louca", é tão especial que se aproxima da sublimação do próprio ato de amar: elas não medem conseqüências quando estão amando; nesse estado são passionais, explosivas, possessivas, pura desconcentração dinamite em formato de mulher!

Costumamos dizer que só tornamos um homem completo quando plantamos uma árvore, fazemos um filho e escrevemos um livro. Faltou acrescentar que nem um homem é digno de se chamar assim (homem com "H"... pois sem "H" tem uma infinidade...) se, em sua fase adulta, não topou com uma "louca" nas encruzilhadas da vida.

Toda mulher tem uma "louca" adormecida dentro de si, escondida no mais profundo de seu ser, só esperando a hora certa para reinar absoluta. Por isso, ao invés de sufocá-la num pântano de abandono e frustrações, deve dar rédeas soltas para a "outra" quando o coração lhe passar a informação de que o tempo da colheita de Vênus é chegado.

Faço aqui um singelo tributo àquelas que amam com a intensidade própria das "loucas", sabedor de que estas se entregam (e são recebidas) com a paixão dos insensatos.

Cherchez la femme!

Vale do Paraíba, Novembro de 2006

João Bosco