ROMANCE ÀS AVESSAS

Eles tinha acabado de fazer amor… (Ou seja lá que nome se dá prá aquilo). E nem sabiam o nome um do outro. Ficaram por um tempo alí deitados na grama do parque esperando o suor secar nos córpos saciados. Ele olhou prá ela e sorriu. Foi o mais perto de uma carícia que conseguiu chegar… A moça retribuiu o sorriso quase como uma obrigação, afinal, o que ela queria já havia conseguido. Ajeitaram suas roupas e caminharam em direção à saida; iam em silêncio… Ele, por medo de ser rejeitado. Ela… Bem! Ela não tinha nada a dizer mesmo. Chegaram no portão do parque e se despediram. Um para um lado, outro para outro. Haviam se encontrado numa “balada” àquela noite mesmo… Muita bebida, muita alegria e muita falação depois, já estavam se tratando como velhos conhecidos. O primeiro beijo rolou com alguns minutos de um longo relacionamento. É… Porque hoje em dia parece que o tempo passa mais depressa. Minutos se tornam dias, dias se tornam meses, e relacionamentos longos se tornam ultrapassados. Os dois jovens seguiram seus caminhos depois de trocarem nomes e telefones, não que fizesse alguma diferença… Ninguém iria ligar prá ninguém mesmo. É possível até que se encontrem outro dia sem nunca perceberem que já se encontraram. É possível… A humanidade caminha para um abismo, de olhos fechados e sem pára-quedas; o tombo vai ser feio e dolorido. Mas depois do tombo quem sabe… Afinal, é caindo que se aprende a levantar.

marcos villa verde
Enviado por marcos villa verde em 20/11/2009
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