CORES DA ALMA
Minha melhor amiga é uma pessoa completamente diferente de mim. Não compartilhamos nem mesmo a faixa etária. Quando nos conhecemos na faculdade, enquanto eu mal sabia o que a vida me reservaria, ela era mãe de quatro filhos e acabava de sair de um casamento, aos 35 anos. E ao longo do tempo compreendi que o encontro entre duas pessoas, aparentemente tão distantes em nível de experiência e aprendizado, pode resultar em uma série de situações onde os dois lados se transformam.
O fato de divergirmos em muitas questões (gosto, hábitos, natureza, humor) sempre nos colocou diante de um enorme desafio: transformar as nossas diferenças em um exercício de aceitação do outro. Neste caso específico sinto que a amizade proporcionou uma maior compreensão sobre a liberdade do outro ser o que é. Acho que suavizou em mim traços que seriam mais rígidos, enquanto meu senso de humor deve ter levado a ela alguma leveza em outras situações.
O encontro é uma arte incerta. Algumas pessoas despertam o que temos de melhor. Enquanto outras, que vivem sistematicamente de outra "arte", o desencontro, parecem despertadas pelos piores traços de sua personalidade. Recusam o contato aberto em uma via de mão dupla. Buscam determinar o que é "certo ou errado", "bom ou ruim". Rotulam pessoas. Julgam e condenam a partir de sua escala própria de valores como se fosse a única possível.
Em resumo: proprietários de um monopólio da verdade. E o mais estranho? Quanto mais fechados em suas posições, autoritários e muitas vezes algozes, passam a idéia de que são vítimas da incompreensão alheia. Quem se responsabiliza por seus atos não procura o papel de algoz nem vítima.
Antes de encerrar, não creio em nada milimetricamente dividido em categorias. O ser humano é um leque de possibilidades com todas as nuances possíveis. Entretanto, a personalidade é formada por traços que podem predominar. A aquarela da alma emerge.
E então, "carregar nas tintas" acontece...
(*) IMAGEM: Google
http://www.dolcevita.prosaeverso.net
Minha melhor amiga é uma pessoa completamente diferente de mim. Não compartilhamos nem mesmo a faixa etária. Quando nos conhecemos na faculdade, enquanto eu mal sabia o que a vida me reservaria, ela era mãe de quatro filhos e acabava de sair de um casamento, aos 35 anos. E ao longo do tempo compreendi que o encontro entre duas pessoas, aparentemente tão distantes em nível de experiência e aprendizado, pode resultar em uma série de situações onde os dois lados se transformam.
O fato de divergirmos em muitas questões (gosto, hábitos, natureza, humor) sempre nos colocou diante de um enorme desafio: transformar as nossas diferenças em um exercício de aceitação do outro. Neste caso específico sinto que a amizade proporcionou uma maior compreensão sobre a liberdade do outro ser o que é. Acho que suavizou em mim traços que seriam mais rígidos, enquanto meu senso de humor deve ter levado a ela alguma leveza em outras situações.
O encontro é uma arte incerta. Algumas pessoas despertam o que temos de melhor. Enquanto outras, que vivem sistematicamente de outra "arte", o desencontro, parecem despertadas pelos piores traços de sua personalidade. Recusam o contato aberto em uma via de mão dupla. Buscam determinar o que é "certo ou errado", "bom ou ruim". Rotulam pessoas. Julgam e condenam a partir de sua escala própria de valores como se fosse a única possível.
Em resumo: proprietários de um monopólio da verdade. E o mais estranho? Quanto mais fechados em suas posições, autoritários e muitas vezes algozes, passam a idéia de que são vítimas da incompreensão alheia. Quem se responsabiliza por seus atos não procura o papel de algoz nem vítima.
Antes de encerrar, não creio em nada milimetricamente dividido em categorias. O ser humano é um leque de possibilidades com todas as nuances possíveis. Entretanto, a personalidade é formada por traços que podem predominar. A aquarela da alma emerge.
E então, "carregar nas tintas" acontece...
(*) IMAGEM: Google
http://www.dolcevita.prosaeverso.net