04 DE DEZEMBRO...

(Este texto se traduz numa homenagem, por trazer uma mensagem ao aniversário da minha esposa na data acima - do título - que ainda irá acontecer).

Dezembro se caracteriza como um mês de festa, já que é nesse mês que se descortinam todos os anseios de despedida do ano velho e ao mesmo tempo todos ensaiam novos projetos, para alcançar a encruzilhada entre o que já está passando e o que virá. Assim, os sentimentos e as emoções transbordam nos corações, com a chegada do Natal e todos os preparativos que as festas são capazes de produzir no íntimo de cada um, pois o ser humano vê renascer a fé e a esperança de que as renovações de vida se tornem um elixir de fortificação da caminhada da existência.

Para nós (uma família especial), entre tantas outras que se amontoam neste mundo à fora, há uma comemoração a mais. Somos quatro pessoas que Deus uniu nesta Terra de gente forte e gente humilde, que foram se juntando pelas linhas da casualidade, já que o passar dos dias lhes foram apresentando almas especiais que vieram de mansinho e se aprochegaram, fazendo parte de um único endereço, que é aquele localizado no coração de Marta, Hélio, Luisa e Herbert.

Assim, neste glorioso mês de Dezembro, exatamente no dia 04, lembrando também as quatro pessoas de nossa família; a nossa musa inspiradora de tantos dias de entrega e de amor, está fazendo aniversário, chegando ao marco singelo e significativo de mais um "enta" na sua vida. Trata-se, pois, para nós três (em especial), de uma pessoa de presença marcante, de zelo inigualável, de persistência indefinível, de busca incessante pelo aprendizado, de apego ímpar à sua função de mãe, de transbordamento de entrega, de perseverança na busca do certo, de afinco à idéia de educar, de presteza na busca da defesa dos filhos, de preocupação constante com a garantia de um futuro melhor para seus rebentos. Enfim, estou falando daquela pessoa que nos ensina no dia-a-dia e a cada hora, de como é importante construir valores dentro do seio de um contexto familiar, de tal forma que todos possam sair fortalecidos, para que possamos enfrentar o mundo com altivez e com determinação. Ela é o esteio e também nossa fortaleza. Sua vida não é única; nunca foi só dela, porque um dia escolheu ser de nós três. Essa é a Marta - mulher em particular - que põe dentro de si a grandeza de ser o amparo, de ser a sustentação, de ser o apoio, e sobretudo de ser a ponte onde podemos atravessar as águas rebeldes, sem medo de nos afogar.

Sabemos de suas fraquezas e de seus baques de personalidade, quando muitas vezes reclama de que "não se agüenta em si mesmo", fazendo menção às suas rabugices e às vezes até chora pelo embate da sua própria existência. Entretanto, esse é o momento de maior concentração da sua essência de vida, pois essa oscilação de humor é a tentativa de diagnosticar suas fontes de energia para poder renovar sua carga de entusiasmo em prol da humanidade e das pessoas necessitadas, já que muitas vezes 'se cobra' de não poder ajudar com maior freqüência às pessoas necessitadas. Assim, se acomoda no seu escritório improvisado e passa horas à fio cortando papel e paninhos coloridos, moldando-os, para que no final alcance a produção de inúmeras caixinhas de artesanato que são doadas à sua comunidade religiosa, para revertê-las em bens materiais que possam chegar aos necessitados.

Esse coração é privilegiado e tão "derretido" que por vezes critica quem mata um inseto, alertando para o fato de também se tratar de um ser vivo. Essa grandiosidade do coração é típica da nossa homenageada, que se compadece com a maldade humana e com todos aqueles que não tem amor no coração. Nós, que vivemos a seu lado, estamos sempre iluminados pela sua estrela da bondade e pelo imensurável comprometimento que ela semeou na sua alma. Assim, nunca nos sentimos só ou desamparados, porque sabemos que podemos contar com sua força de vida.

Como todo ser humano, às vezes se vê aturdida com cobranças que faz de si própria. Essa sua fraqueza muitas vezes nos assusta, pois não conseguimos enxergar nela essa maleabilidade que balança e oscila como um pêndulo que vai e que vem. A única figura subjetiva que ela produz na nossa alma é a sua bondade, seu carinho e sua dedicação à nossa causa familiar. Por isso, não entendemos quando sua rede balança para lá e para cá, como se quisesse dizer que é incapaz de frear essa dinâmica do ir e vir da personalidade. Mas nenhuma tormenta que assombra seu íntimo consegue retirar dela a segurança que tem em torno da sua função de doar-se em nosso favor.

Enfim, neste dia tão especial, iluminado pelas cores das festas do mês de Dezembro, queremos dizer à todos os seres vivos da terra e se quiserem ou puderem ouvir; até aos extra-terrestres, que somos as três pessoas deste mundo de Deus que temos ao nosso lado, do convívio familiar, a mulher mais prendada dos seres encarnados, a qual, dedicamos profundos sentimentos, daqueles bem raros e indefiníveis com simples palavras, porque é uma amor tão grande quanto são as distâncias entre os astros e as galáxias.

Receba, Marta, neste dia tão maravilhoso que Deus nos colocou como experiência (ao nos oferecer tantas emoções concentradas), a nossa declaração de amor universal, que deve alcançar todos os efeitos na unidade de nossos corações, cujos termos devem ser registrados no Cartório dos Registros Públicos da Humanidade, para que todos saibam que existiu na face da terra uma pessoa tão brilhante e tão cheia de exemplos de amor e também para que possamos garantir perante as leis dos homens e a lei de Deus, a garantia da sua eterna presença em nossos corações.

Machadinho
Enviado por Machadinho em 19/11/2009
Reeditado em 27/11/2009
Código do texto: T1932274