O que é bolostrô?

Não sei desde quando conheço esta palavra, inventada por alguém, e que não existe no dicionário. Significa algo grande e feio, desajeitado. Não faz parte do vocabulário regional aqui da minha terra, aprendi em Sâo Paulo.

Por aqui há outras palavras, ou modos de expressão, desconhecidas alhures. Se faz frio, o povo diz “que dia fria!” Se não acham alguma coisa que você guardou, perguntam “mas naonde que está?” Em conversas, sempre há referências ao Estadão. De início eu pensava que era do jornal O Estado de São Paulo que falavam, mas não era. É do Colégio Estadual Monteiro Lobato, onde a maior parte das minhas amigas e amigos estudaram e ficam relembrando histórias de outros tempos, principalmente das paqueras dentro e fora das salas de aula...

Quem é da minha geração gosta de lembrar do Mercurinho. Antes de ir-me daqui, ainda criança, aproveitei as sessões matinais de cinema, apropriadas para a nossa idade. Passavam filmes do Tom e Jerry, do Gordo e o Magro e outros, que nunca chegavam ao fim. A sessão continuava no domingo seguinte...

Enquanto paulistanos e cariocas vão para o sítio nos finais-de-semana, taubateanos vão para a roça. Sítio, aqui, é o do Pica-pau. Amarelo, só na letra da música e nas penas do passarinho.

O exemplo mais marcante e divertido, porém, é o “peruzinho”, empregado normalmente, desde sempre até os dias de hoje. Não há pedreiro ou jardineiro que não disponha dele, aliás, indispensável ao seu trabalho. Como carregariam pilhas tijolos ou grandes galhos secos de um lado para outro sem a ajuda do carrinho de mão?

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Na crônica anterior, As gordinhas e a moda, usei a palavra bolostrô e muita gente perguntou o que era. Aqui está a resposta.