MARIA CHIQUITA
MARIA CHIQUITA
Lá vai Maria Chiquita com laço de fita em maria chiquinha, com Rita, com Tita.
E vão as três meninas brincar com as outras, brincar de roda, brincar de casinha, coisa bonitinha ver essas meninas.
Pequenas meninas, bonecas no chão, brincando de roda com rima nas mãos.
Seu mundo é imenso, seu mundo é vão, na vasta inocência, da pele morena, dos olhos castanhos, da boca pequena e brincam em roda sentadas na grama Maria e Tita, a Rita e a Ana.
Lá vão as meninas à devanear com toda a inocência do seu imaginar e na brincadeira desse viajar, cada uma tem um nome que se ouve falar.
Uma é “Madonna, a outra, Lady Day quer ser; Angelina Julie e Tina Tunner. E vão as beldades de mundos tão diferentes conversando na escola das bonecas sonhadoras indulgentes.
“Chasinho de grama" elas tomam, comendo "saladinha de capim”, preparados na cozinha da “Barbie”, pela imaginária empregada Yasmim.
Ai que saudades eu sinto do tempo em que era assim, quando dava tempo de tim tim por tim tim, e havia até pó de pirlimpimpim, com Pedrinho, Emília, Visconde e Narizim.
Mas hoje em dia a criança mudou e pular etapas o tempo a obrigou; e talvez por isso, tanta desilusão, tanta violência, tanta adulteração.
Assim, lá vai Maria chiquinha Chiquita, de saia bem curta seguir na labuta, em vez de colégio, é dentro de um prédio, em vez de grama, um programa.
E hoje é o seu drama, ir atrás de uma grana, em dias difíceis, em dias de rama.
Lá vai Maria Chiquita, lá vai, lá vai , lá vai.
Por H.F.Costa