QUANDO A GESTÃO NÃO DÁ CERTO!
QUANDO A GESTÃO NÃO DÁ CERTO!
“Ninguém era mais marginalizado por sua cultura do que os cegos, os aleijados, os leprosos e os surdos. Eles não tinham moradia. Não tinham nome nem valor. Eram chagas na sociedade. Um excesso de bagagem largado à beira da estrada. Mas àqueles que o povo chamava “lixo”, Jesus considerava tesouros.”. A situação dessa classe sofrida, mesmo com o passar dos anos em nada mudou. São os excluídos do governo e os discriminados da sociedade como um todo. Quem não tem apreço, quer pela justiça, quer pela honestidade, logo que consegue poderes, não faz como aquele que quis ser genro de um homem cuja ousadia o podia fazer mais poderoso? Parecia-lhe útil engrandecer-se ao passo que outro arcaria com todos os ódios, mas não via a injúria que fazia para sua pátria, e quanto tal conduta era perigosa e contrária à honestidade. Normalmente os pensamentos e as atitudes da maioria dos políticos se baseiam nessa assertiva. Para quem fica do outro lado é uma verdadeira porta estreita. Tocado pela luz da espiritualização, você assume novas sendas rumo à sua libertação e progresso. Contudo, quase sempre, traz consigo um montante de lutas e problemas consolidados na esteira do tempo.
Culpas emergem, reações adversas surgem desanimando-os e, ante as viciações morais, você tomba na tristeza persistente e na ansiedade pela melhora. No descuido, decide pelo abandono dos ideais, já que os obstáculos parecem intermináveis. Neste ciclo vicioso, interminável e sem solução se encontram as classes menos privilegiadas desse País. Senão vejamos: “Rede Municipal de Saúde” – cento e cinquenta mil aguardam na fila por atendimento médico. Pode Freud? É uma longa espera, dolorosa e sofrida. A fila para exames e consultas especializadas no sistema público de saúde em Fortaleza é de 154 mil. Há casos em que a pessoa demora mais de um ano para ser atendida se não morrer antes. Muitos acabam desistindo do atendimento. A Prefeitura promete realizar mutirões para diminuir a fila virtual e real das consultas especializadas. A Prefeitura não resolve nem o problema do lixo imagine os mutirões para diminuir o sofrimento de pessoas carentes que esperam por exames especializados. É uma tristeza minha gente e uma falta de vergonha para uma capital apelidada de Fortaleza Bela pela atual prefeita. Durma-se com tanto barulho. Sem ter onde morar, famílias ocupam praças e ruas da cidade de Fortaleza. Famílias inteiras têm ocupado ruas e praças. Crianças, jovens e adultos, por diversos motivos, acabam por viver sem condições adequadas no meio da rua.
Segunda a Prefeitura, nesta época do ano o número de família nas ruas aumenta. Infelizmente este é filme em cinemascope que ocupa toda a mídia mostrando a situação atual dos excluídos numa capital que dizem ser a quarta do Brasil. Já pensaram na psicosfera em que se encontra o Centro da capital alencarina? Três colchões, alguns objetos pessoais, restos de móveis, um pouco de comida e um fogareiro à lenha em pleno centro é inadmissível, bem que estas famílias sofredoras deveriam estar em abrigos públicos. O descaso do governo estadual e da prefeitura é muito grande e parece até que governador e prefeita não disseram para que foram eleitos. Esta cidade será uma das sedes da Copa do Mundo e pelo andar da carruagem a nossa capital não terá condições de sediar um campeonato intermunicipal de futebol. Barraca na Praça Clóvis Beviláqua no Centro, local onde se localiza a Faculdade de Direito, um dos canteiros abriga seu Pedro da Silva Oliveira, 47 anos, a noiva dele, Lindalva Loureiro Rocha Silva, 32 anos, e o “compadre” de seu Pedro, João Batista Lins Filho, 53 anos.
Além do material reciclado para vender há uma barraca onde fica os colchões e um fogareiro a lenha. Pensem numa fedentina sem tamanho! É a realidade das ruas de Fortaleza durante o dia, e noite a situação é complexa. Existe solução, mas parece que a prefeita desconhece a diretriz e muito menos o azimute para reverter o quadro negro da Praça Clóvis Beviláqua. A população cresce, mas as opções de emprego permanecem estagnadas e o problema social vai se transformando num caos sem dimensões e proporções. Nos finais de semana a capital cearense virou um comércio persa e não há mais quem se entenda. São camelôs, vendedores ambulantes, uns regularizados, outros não. É o comércio informal que toma conta da cidade e por incrível que pareça CDs e DVDs piratas chegam a atingir 70% desse mercado persa. Nossas autoridades precisam tomar medidas urgentes para solucionar os problemas, pois com esse comércio ilegal o Centro está à beira do abismo, podendo tornar-se um caso sem solução. Crises são períodos de dor convocando, em regime de urgência, o recurso de apoio, de reavaliação e do recomeço embases novas, visando a um futuro melhor.
Entretanto. Tais medidas de paz e equilíbrio só terão resultado se as autoridades se dispuserem a preservar, daí após dia, na santificada tarefa do dever que o imunizará contra o assédio alucinante da porta larga. Mas, nos parece que não há boa vontade e os governantes locais nem na porta larga vão conseguir passar. É uma falta de vontade política tão grande que nos envergonha até a humilhação. Senhores onde colocaram os impostos que pagamos? Todo esse cenário sem contar a prostituição, as drogas, os meninos de rua assaltando, e os - flanelinhas ameaçando os donos de veículos já é uma calamidade pública. Já pensaram como ficará a cidade de Fortaleza se acontecer uma seca no ano de 2010? Não queremos nem pensar. Justiça manda leiloar a sede da Paratodos. São mais de R$ 2,8 milhões que entraram nos cofres do governo. A Justiça Federal determinou o leilão do prédio da Organização Paratodos, localizado na Tristão Gonçalves, Centro. A decisão é consequência do processo em que 15 pessoas do grupo são acusadas de lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro.
O prédio está avaliado em R$ 2,8 milhões. SUS (Sistema Único de Saúde) é obrigado a pagar operação de criança de sete anos nos EUA (Estados Unidos da América do Norte). Se fosse pela vontade dos governantes a operação não seria efetuada. A justiça nesse caso foi mais forte e obrigou o Estado a pagar todas as despesas, a família da criança batalhava desde 2004. Ou povo sem coração My God. Dezesseis instituições realizam mutirão de cidadania na Praça do ferreira, a iniciativa, chamada “Mundos do Trabalho”, levará serviços gratuitos a população. Parabéns aos idealizadores. Posto de saúde fecha mais uma vez. A unidade de saúde no Conjunto Palmeiras, periferia de Fortaleza fechou as portas duas vezes em menos de duas semanas por conta de ameaças sofridas por funcionários. Com as reformas, os atendimentos serão feitos em um prédio no Sítio São João. Fortaleza vive uma situação delicada. Problemas na saúde, na educação, na segurança, obras mal executadas estão se desmanchando, falta de conservação das praças públicas, excesso de buracos nas ruas, água acumulada e lixo demais. Senhor tende piedade de nós. Será que merecemos tanto sofrimento. Queremos saber como estão às obras do Hospital da Mulher que estava afundando. É de lascar o Astrolábio. É esse o triste panorama de uma Fortaleza que já foi bela e hoje está esquecida pelas autoridades. Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-DA ALOMERCE E DA AOUVIRCE